A Escala Sheldon é um sistema de graduação do estado de conservação das moedas, desenvolvido em 1949 pelo Dr. William Herbert Sheldon. Originalmente concebida para classificar centavos grandes americanos, essa escala utiliza uma pontuação que vai de 1 a 70, onde cada número representa um grau específico de conservação da moeda, desde o estado mais pobre (P-1) até o estado perfeito de cunhagem (MS-70)123.
A escala foi criada para trazer objetividade e padronização à avaliação das moedas, que até então era feita por termos subjetivos como "Very Good" ou "Nice", que variavam conforme o avaliador. A proposta de Sheldon era que o valor da moeda fosse proporcional ao seu estado de conservação, com uma moeda MS-70 valendo teoricamente setenta vezes mais que uma P-1. Embora essa relação exata nem sempre se aplique, o sistema estabeleceu uma base científica para a classificação numismática4.
A escala original de Sheldon foi adaptada ao longo do tempo, especialmente a partir da década de 1970, quando a American Numismatic Association (ANA) a modificou para uso geral em moedas dos EUA. Atualmente, a escala é amplamente adotada por instituições certificadoras e colecionadores, sendo composta por estados de conservação que acompanham valores numéricos e descrições detalhadas. Exemplos de graus são:
P-1 (Poor): moeda muito desgastada, detalhes quase inexistentes
AG-3 (About Good): letras legíveis, mas muito desgastada
G-4 a VF-35 (Good a Very Fine): desgaste moderado com detalhes visíveis
XF-40 a AU-58 (Extremely Fine a About Uncirculated): pouco desgaste, detalhes nítidos
MS-60 a MS-70 (Mint State): moedas sem circulação, com graus variando do estado básico ao perfeito23.
A escala também é correlacionada com a escala brasileira de estados de conservação, que utiliza termos como UTG, R, BC, MBC, SOB e FDC para facilitar a compreensão local1.
Essa padronização permite uma avaliação mais justa, objetiva e confiável das moedas, facilitando a negociação, conservação e estudo numismático em âmbito internacional14.
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