
Aula 5: Casos de Aplicação de Cédulas Comunitárias no Brasil
5.1 Introdução
As cédulas comunitárias ganharam espaço no Brasil como instrumentos de desenvolvimento local, inclusão financeira e fortalecimento das economias de base comunitária. Diversos Bancos Sociais adotaram esse recurso com resultados reconhecidos nacionalmente.
5.2 Exemplos de Moedas Sociais em Funcionamento
Banco Palmas (Fortaleza – CE)
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Primeira experiência brasileira, criada em 1998.
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Moeda social: Palma.
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Finalidade: estimular o consumo no bairro Conjunto Palmeiras, promovendo o comércio e a geração de empregos locais.
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Estrutura consolidada com moeda física e digital.
Banco Bem (Vitória – ES)
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Moeda social: Bem.
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Criado em 2005, promove consumo em estabelecimentos locais e concede microcrédito produtivo.
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Realiza feiras e capacitações para empreendedores da comunidade.
Banco Tupinambá (Belém – PA)
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Moeda social: Tupinambá.
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Atua em comunidades periféricas da capital, viabilizando circulação econômica e inclusão bancária com foco em segurança alimentar.
Banco Itaquera (São Paulo – SP)
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Moeda social: Solidária.
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Iniciativa voltada para pequenos comércios e ações de geração de renda em territórios vulneráveis da zona leste paulistana.
Outras experiências
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Moedas como Girassol, Sabiá, Arariboia, entre outras, aplicadas em diferentes regiões do país com dinâmicas específicas adaptadas às necessidades locais.
5.3 Impactos Observados
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Aumento da circulação de renda dentro da própria comunidade.
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Estímulo ao comércio local e microempreendedorismo.
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Redução da dependência de recursos externos.
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Ampliação da inclusão financeira e bancária.
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Fortalecimento do protagonismo social e da autogestão.
5.4 Modelos de Gestão
Cada caso possui sua estrutura de governança, com conselhos comunitários, assembleias e participação direta dos moradores nas decisões sobre emissão, controle e uso das moedas sociais.
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