A numismática, arte de colecionar moedas, cédulas e medalhas, ganha vida e força nos encontros, trocas e histórias compartilhadas entre apaixonados pelo tema. Em entrevista exclusiva para o NumisPlay, Oswaldo Rodrigues conversa com Paulo Rezende, presidente da Associação Numismática de Mato Grosso do Sul, revelando como a paixão pelo colecionismo se transforma em movimento cultural, união e desenvolvimento regional.
Paulo Rezende nasceu em São Paulo e, desde criança, foi incentivado pelo pai a frequentar a tradicional Feira da Praça da República, ponto de encontro de colecionadores. Sua paixão começou pelas cédulas, especialmente estrangeiras, influenciado pelo fascínio da impressão gráfica, área em que seu pai atuava. Com o tempo, Paulo ampliou seus interesses para moedas, especialmente após mudar-se para Campo Grande, onde sentiu falta de encontros e grupos organizados.
Ao chegar ao Mato Grosso do Sul, Paulo percebeu a dificuldade de encontrar outros colecionadores e de adquirir peças, já que dependia muito dos Correios e do contato à distância. A situação começou a mudar quando conheceu José Rodrigues Silva, autor de livros sobre numismática e figura central na formação do grupo local. Juntos, formalizaram a Associação Numismática de Mato Grosso do Sul, conquistando CNPJ, estatuto e filiação à Sociedade Numismática Brasileira (SNB).
Paulo destaca que a formalização da associação trouxe representatividade e fortaleceu o grupo, permitindo maior acesso a peças, informações e oportunidades de troca. Os encontros presenciais, realizados semanalmente, são fundamentais para a troca de experiências, aquisição de conhecimento e fortalecimento dos laços entre os membros. Mesmo com o apoio da internet, Paulo defende que o contato físico é insubstituível para o crescimento da numismática local.
Um dos grandes focos da associação é atrair crianças e jovens para o colecionismo. Paulo ressalta que eventos em praças e a distribuição de moedas e cédulas para crianças são estratégias essenciais para garantir o futuro da numismática. Segundo ele, "se não houver crianças, não há futuro para o hobby". A associação também sonha em conquistar um espaço físico próprio, que possa servir de sede, local de encontros e até museu para palestras e exposições educativas.
A filiação à SNB trouxe benefícios importantes, como acesso a publicações, livros e informações exclusivas. Paulo destaca que a SNB cumpre um papel fundamental ao integrar e apoiar associações regionais, promovendo o intercâmbio de conhecimento e fortalecendo o colecionismo em todo o país.
Paulo compartilha conselhos valiosos para quem deseja ingressar ou se aprofundar na numismática:
Participe de grupos locais: O contato com outros colecionadores amplia o conhecimento e facilita trocas.
Organize-se: Formalize associações para garantir representatividade e acesso a benefícios.
Eduque e compartilhe: Incentive crianças e jovens a se interessarem pelo hobby.
Compre com responsabilidade: Não se endivide por uma peça; o hobby deve ser prazeroso e sustentável.
Aproveite a internet, mas valorize o presencial: A troca física de experiências e peças é insubstituível.
A entrevista com Paulo Rezende mostra que a numismática é muito mais do que colecionar moedas e cédulas: é construir amizades, preservar a história e fortalecer a cultura regional. A dedicação de Paulo e do grupo de Mato Grosso do Sul serve de inspiração para colecionadores de todo o Brasil, provando que, com união e organização, é possível superar desafios e manter viva a chama do colecionismo.
Comentário
Imagem | Capitulos | Modulos
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![]() | Paulo Rezende 12/09/2022 |
![]() | Gabriel Amaral Lourenço 17/10/2022 |
![]() | Manoel Farinhas 28/02/2022 |
![]() | Emerson Pipi 17/08/2022 |
![]() | Gilberto Bailão 11/07/2022 |
![]() | Emerson Pippi 23/06/2021 |
![]() | Edijânio Rodrigues 30/06/2021 |
![]() | Márcia Batista 27/06/2022 |
![]() | Ricardo Viana 19/09/2022 |
![]() | Luciano Junqueira 26/09/2022 |
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