A família de moedas produzidas pela Casa da Moeda de Lisboa entre 1787 e 1797, em prata e ouro, representa um período importante da numismática colonial brasileira. Essas moedas foram cunhadas para circulação no Brasil colonial, refletindo o padrão monetário português vigente e a autoridade régia durante o reinado de D. Maria I e D. Pedro III.
Produzidas entre 1787 e 1797, essas moedas circularam amplamente no Brasil colonial, sendo utilizadas em transações de médio e alto valor. O período coincide com o reinado de D. Maria I ("a Piedosa") e D. Pedro III, marcado por estabilidade política e continuidade das políticas monetárias portuguesas.
A fabricação foi realizada pela Casa da Moeda de Lisboa, principal casa da moeda do Reino de Portugal, que produzia moedas para a metrópole e suas colônias, incluindo o Brasil.
As moedas foram cunhadas manualmente em prata e ouro, com pureza aproximada de 91,7% (prata 917‰). O diâmetro das moedas de prata é cerca de 25 mm, com peso médio de 4,48 g para moedas como o 160 réis (meio tostão). O design apresenta no anverso a coroa baixa ou alta, dependendo do tipo, e legendas em latim que indicam o nome e título dos monarcas.
As moedas de prata mais comuns são o 160 réis, conhecido como meio tostão, amplamente utilizado no comércio colonial.
O padrão monetário português foi adotado sem fundamentação legal específica no Brasil, mas com ampla aceitação.
A coroa baixa e alta distinguem os diferentes tipos dentro dessa série.
Algumas moedas receberam carimbo de escudete para ajuste de valor, prática comum na época.
Produzidas durante o reinado de D. Maria I (1777-1799), apelidada de "a Piedosa" e "a Louca", e de D. Pedro III, essas moedas refletem o período colonial brasileiro sob forte influência portuguesa.
As moedas trazem legendas em latim no anverso, como "MARIA I D G P ET BRASILIAE REGINA" (Maria I, por graça de Deus, rainha de Portugal e Brasil), e no reverso "PECUNIA TOTUM CIRCUMIT ORBEM" (o dinheiro circula por todo o mundo).
Os bordos são lisos, padrão para moedas de prata e ouro da época.
O reverso apresenta a esfera armilar sobre a Cruz de Cristo, símbolo da Coroa Portuguesa, com a legenda ao redor.
Existem variações em peso, diâmetro e detalhes do design, decorrentes da cunhagem manual e das diferentes emissões ao longo dos anos.
Os gravadores eram artesãos da Casa da Moeda de Lisboa, responsáveis pela criação dos cunhos, embora seus nomes específicos não estejam amplamente documentados.
Não há letras monetárias específicas nas moedas dessa série, mas algumas peças receberam carimbos de escudete para ajuste de valor.
O abridor de cunho preparava os cunhos para a estampagem das moedas.
As moedas homenageiam a rainha D. Maria I e o rei consorte D. Pedro III, refletindo a autoridade régia portuguesa no Brasil colonial.
A produção está bem documentada em catálogos numismáticos, com exemplares disponíveis para colecionadores e estudos históricos.
Os metais utilizados são prata e ouro.
Séries de Moedas – Casa da Moeda de Lisboa - Prata e Ouro (1787-1797)
http://www.moedasdobrasil.com.br/series.asp?s=114
Catálogo das Moedas Brasileiras – Casa da Moeda de Lisboa - Prata e Ouro
http://www.moedasdobrasil.com.br/moedas/catalogo.asp?s=114&xm=359
Numista – 160 Réis Maria I (Low and High Crowns; Lisbon)
https://pt.numista.com/catalogue/pieces103638.html
DPL Numismática – Moedas de Prata Brasil Colônia
http://www.dplnumismatica.com.br/tabcol160.html
Museu Numismático – Moeda Lisboa X Réis D. Maria I 1787
https://numis.mus.br/colecao-de-moedas-d-joao-principe-regente/moeda-lisboa-x-reis-esc-d-j-p-reg-d-maria-i-1809-1787/
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