A Casa da Moeda da Bahia foi uma das principais instituições responsáveis pela cunhagem de moedas em prata e ouro para o Brasil colonial entre 1787 e 1805. Instalado originalmente em Salvador, esse órgão produziu moedas que circulavam amplamente na colônia, refletindo a importância econômica da região e o ciclo do ouro no Brasil.
As moedas foram produzidas entre 1787 e 1805, período em que a Casa da Moeda da Bahia retomou suas atividades após transferências temporárias para outras regiões, como Rio de Janeiro e Pernambuco. Essas moedas circularam principalmente na região nordeste do Brasil, mas também em outras partes da colônia.
A fabricação foi realizada pela Casa da Moeda da Bahia, localizada na Praça do Palácio, na Cidade Alta em Salvador. Essa casa da moeda foi uma das primeiras no Brasil, iniciando suas operações em 1695 e com produção significativa no período citado.
As moedas eram cunhadas manualmente, em prata e ouro, utilizando técnicas tradicionais do século XVIII. O metal utilizado muitas vezes provinha do derretimento de moedas antigas, já que o refino local não era totalmente desenvolvido.
As moedas de ouro eram produzidas nos valores de 4.000 e 6.400 réis, enquanto as de prata incluíam valores variados, como 320 e 640 réis.
A Casa da Moeda da Bahia foi transferida em diferentes períodos para outras regiões, mas voltou a operar em Salvador durante esse intervalo.
A cunhagem em cobre também ocorreu, com moedas de valores menores para circulação local.
O padrão monetário seguia as determinações da Coroa Portuguesa, com algumas variações locais.
A produção de moedas na Bahia ocorreu em meio ao auge e declínio do ciclo do ouro no Brasil, refletindo as mudanças econômicas da colônia.
A escassez de numerário e as dificuldades logísticas influenciaram a produção e circulação das moedas.
A chegada da corte portuguesa ao Brasil em 1808 impulsionou a produção monetária em outras casas da moeda, como a do Rio de Janeiro.
Produzidas durante os reinados de D. Maria I e D. João VI, essas moedas refletem o período de transição política e administrativa no Brasil colonial, incluindo o aumento da autonomia local.
As moedas trazem legendas em latim com os nomes e títulos dos monarcas, além de símbolos régios e a letra monetária "B" identificando a Casa da Moeda da Bahia.
Os bordos variam entre lisos e ornamentados, dependendo do tipo e valor da moeda.
O reverso exibe o valor facial, símbolos régios e a letra monetária "B".
Existem variações em peso, diâmetro, legendas e detalhes iconográficos, típicas da produção artesanal e das diferentes emissões.
Os gravadores eram artesãos especializados da Casa da Moeda da Bahia, embora seus nomes não estejam amplamente documentados.
A letra "B" é usada para identificar a Casa da Moeda da Bahia.
A produção entre 1787 e 1805 está bem documentada em catálogos numismáticos, destacando a importância da Casa da Moeda da Bahia para a economia colonial.
Os metais utilizados são prata e ouro.
Casa da Moeda da Bahia - Espaço Herculano Pires - Itaú Cultural
https://ehp.itaucultural.org.br/casas-da-moeda/
Séries de Moedas – Casa da Moeda da Bahia - Prata e Ouro (1787-1805)
http://www.moedasdobrasil.com.br/series.asp?s=50
Catálogo de Moedas - Moedas do Brasil - Award
https://award.com.br/moedas/catalogo.asp?s=162&xm=66
Moedas brasileiras da colônia - Collectprime
https://collectprime.com/blog/moedas-brasileiras-da-colonia/
CCMBR – Família Casa da Moeda da Bahia - Prata e Ouro
https://ccmbr.com.br/familia/index.php?id=50&epoca=3&pais=36
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