A família de moedas produzidas pela Casa da Moeda do Rio de Janeiro entre 1786 e 1805, em prata e ouro, representa um período significativo da numismática colonial brasileira. Essas moedas refletem a consolidação da produção monetária local, atendendo à crescente demanda econômica do Brasil colonial, especialmente após a transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro.
A produção ocorreu entre 1786 e 1805, período marcado pela intensificação das atividades econômicas no Brasil e pela importância crescente do Rio de Janeiro como centro político e econômico. As moedas circulavam amplamente no território colonial, sendo utilizadas em transações de diversos valores.
A fabricação foi realizada pela Casa da Moeda do Rio de Janeiro, que assumiu papel central na cunhagem de moedas para o Brasil colonial após a diminuição da atividade da Casa da Moeda da Bahia.
As moedas foram cunhadas manualmente, em prata e ouro, utilizando técnicas tradicionais do século XVIII. Os flans eram preparados e estampados com cunhos gravados que apresentavam efígies reais, valores faciais e símbolos de autoridade.
As moedas de prata geralmente apresentam a letra monetária "R", identificando a Casa da Moeda do Rio de Janeiro.
As moedas de ouro também são marcadas com a letra "R" e apresentam alta pureza, sendo peças de grande valor econômico.
A produção dessas moedas acompanhou o crescimento econômico do Rio de Janeiro, que se tornou a capital do Império Português em 1808.
Não há lendas específicas associadas a essas moedas, mas peças de ouro colonial frequentemente são envoltas em histórias de tesouros e contrabando.
Produzidas durante o reinado de D. Maria I e início do reinado de D. João VI, essas moedas refletem o período de transição política e administrativa no Brasil colonial.
As moedas trazem legendas em latim com os nomes e títulos dos monarcas, além de indicações do valor facial e da casa da moeda.
Os bordos variam entre lisos e ornamentados, dependendo do tipo e valor da moeda.
O reverso exibe o valor facial, símbolos régios e a letra monetária "R" indicando a Casa da Moeda do Rio de Janeiro.
Existem variações em peso, diâmetro, legendas e detalhes iconográficos, típicas da produção artesanal e das diferentes emissões.
Os gravadores eram artesãos da Casa da Moeda do Rio de Janeiro, especializados na criação dos cunhos, embora seus nomes não sejam amplamente documentados.
A letra monetária "R" identifica a Casa da Moeda do Rio de Janeiro.
O abridor de cunho preparava os cunhos para a estampagem das moedas.
As moedas homenageiam os monarcas portugueses da época, como D. Maria I e D. João VI.
A produção entre 1786 e 1805 está documentada em catálogos numismáticos, destacando a importância da Casa da Moeda do Rio de Janeiro para a economia colonial.
Os metais utilizados são prata e ouro, conforme o valor facial e a função da moeda.
Duiten Nl – Catálogo de moedas brasileiras coloniais
http://www.duiten.nl/brasil/catbrasilcol.htm
Séries de Moedas – Casa da Moeda do Rio de Janeiro - Prata e Ouro (1786-1805)
http://www.moedasdobrasil.com.br/series.asp?s=50
Catálogo das Moedas Brasileiras
http://www.moedasdobrasil.com.br/moedas/catalogo.asp?s=26&xm=185
História da Casa da Moeda do Brasil
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/historia-da-cmb.html
Numista – Moeda ½ Tostão Maria I & Pedro III
https://pt.numista.com/catalogue/pieces35456.html
Marketplace CCMBR
Dados técnicos, imagens e valores atualizados.
Acesse aqui
Comentário