A família de moedas em ouro produzidas pela Casa da Moeda da Bahia entre 1777 e 1786 é um marco importante da numismática colonial brasileira. Essas moedas foram cunhadas durante o reinado de D. Maria I e D. Pedro III, refletindo a transição política e econômica do Brasil colonial no final do século XVIII.
A produção ocorreu entre os anos de 1777 e 1786, período em que o Brasil vivia sob o domínio da rainha D. Maria I e seu marido, D. Pedro III. Essas moedas circularam amplamente no território colonial, sendo utilizadas em transações de alto valor devido ao seu metal precioso.
A fabricação foi realizada pela Casa da Moeda da Bahia, uma das primeiras casas da moeda estabelecidas no Brasil colonial, responsável pela cunhagem de moedas em ouro e prata para circulação local.
As moedas foram cunhadas manualmente em ouro 917‰ (91,7% de pureza), com diâmetro aproximado de 16 mm. O processo envolvia a fundição do ouro, moldagem dos flans e estampagem com cunhos gravados que apresentavam as efígies reais e símbolos de autoridade.
As moedas apresentam a efígie da rainha D. Maria I ao lado do marido D. Pedro III, simbolizando a união régia.
Após a morte de D. Pedro III, as moedas passaram a retratar a rainha em luto, com véu e toucado, refletindo o contexto histórico.
O valor facial dessas moedas inclui peças como 3.200 réis, importantes para grandes transações comerciais e reservas de valor.
Não há lendas específicas registradas para essa família, mas moedas de ouro colonial são frequentemente associadas a histórias de contrabando e tesouros escondidos no Brasil colonial.
Este período corresponde ao reinado de D. Maria I (1777-1792) e D. Pedro III, marcado por consolidação do poder monárquico e início das reformas administrativas no Brasil colonial.
As legendas nas moedas trazem os nomes e títulos da rainha e do rei consorte, com inscrições em latim, reforçando a legitimidade régia.
Os bordos são geralmente lisos, compatíveis com a cunhagem manual da época.
O reverso apresenta o valor facial em réis, acompanhado de símbolos régios e a letra monetária "B" indicando a Casa da Moeda da Bahia.
Existem variações em peso, diâmetro e detalhes iconográficos, decorrentes da produção artesanal e das diferentes emissões ao longo dos anos.
Os gravadores eram artesãos especializados da Casa da Moeda da Bahia, embora seus nomes não estejam amplamente documentados.
A letra monetária "B" é utilizada para identificar a Casa da Moeda da Bahia nas moedas.
O abridor de cunho era responsável por preparar os cunhos metálicos para a estampagem das moedas.
As moedas homenageiam a rainha D. Maria I e o rei consorte D. Pedro III, refletindo a autoridade régia portuguesa no Brasil colonial.
A produção está bem documentada em catálogos numismáticos, destacando-se pela qualidade do ouro e importância histórica.
As moedas são feitas em ouro 917‰, conferindo alto valor econômico e simbólico.
Catálogo das Moedas Brasileiras – Casa da Moeda da Bahia Ouro 1777-1786
https://www.moedasdobrasil.com.br/moedas/catalogo.asp?s=49&xm=284
Moedas do Brasil – Série 1777-1786, Casa da Moeda da Bahia Ouro, com letra monetária B
http://www.moedasdobrasil.com.br/moedas/detalhe.asp?m=285
Numista – 6400 Réis Maria I e Pedro III, Ouro 917‰, 1777-1786
https://pt.numista.com/catalogue/pieces35585.html
NSC Total – Linha do tempo do dinheiro no Brasil (século XVIII)
https://www.nsctotal.com.br/noticias/do-zimbro-ao-real-a-linha-do-tempo-do-dinheiro-no-brasil
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