A família "Casa da Moeda da Bahia - Cobre - SEM Carimbo" representa um conjunto de moedas produzidas entre 1761 e 1769 na Casa da Moeda da Bahia, uma das principais instituições monetárias do Brasil colonial. Essas moedas, cunhadas em cobre e sem carimbo, refletem um período importante da história econômica e política da colônia, quando a produção monetária buscava atender às necessidades locais, especialmente para circulação em pequenas transações comerciais.
A produção dessas moedas ocorreu entre os anos de 1761 e 1769, período em que a Bahia desempenhava papel estratégico na economia colonial brasileira. As moedas circulavam principalmente na região Nordeste, facilitando o comércio local e a circulação monetária em uma economia ainda bastante dependente do sistema colonial português.
A fabricação foi realizada pela Casa da Moeda da Bahia, inaugurada em 1763, sendo a segunda casa da moeda estabelecida no Brasil colonial, após a do Rio de Janeiro. Esta casa foi criada para suprir a demanda crescente por moedas na região Nordeste, reduzindo a dependência das moedas vindas de Portugal ou do Rio de Janeiro.
As moedas dessa família foram produzidas por cunhagem manual, utilizando técnicas tradicionais do século XVIII. O cobre era fundido e moldado em flans, que eram posteriormente estampados por cunhos metálicos. A ausência de carimbos adicionais indica um processo mais simples, focado na produção em massa para circulação local.
A Casa da Moeda da Bahia é conhecida por ter produzido moedas em cobre sem carimbos adicionais, o que as torna facilmente identificáveis.
Essas moedas eram usadas principalmente para pequenas transações, devido ao seu baixo valor nominal e material utilizado.
A produção em cobre foi uma alternativa econômica frente à escassez e alto custo da prata e do ouro.
Embora não haja lendas específicas associadas a essa família, moedas coloniais frequentemente são envoltas em histórias populares sobre contrabando e falsificação, especialmente em regiões distantes dos centros de poder, como a Bahia.
Este período corresponde ao domínio colonial português, durante a fase de consolidação do controle econômico e monetário na América Portuguesa. A criação da Casa da Moeda da Bahia reflete a tentativa da Coroa de ampliar sua presença e controle sobre as regiões produtoras e comerciais do Nordeste.
As moedas apresentam legendas simples, geralmente indicando o valor, o ano de cunhagem e a origem, sem carimbos adicionais ou símbolos complexos. As inscrições são em português, refletindo a administração colonial.
Os bordos dessas moedas são geralmente lisos, sem relevos ou inscrições, característica comum em moedas de cobre de circulação local.
O reverso apresenta elementos básicos, como o valor facial e o ano, sem grandes ornamentos ou símbolos heráldicos, reforçando a ideia de moedas utilitárias para o comércio cotidiano.
Podem existir variações relacionadas a pequenos detalhes no formato, peso e espessura das moedas, decorrentes do processo manual de cunhagem e da produção em diferentes lotes ao longo dos anos.
Os gravadores da Casa da Moeda da Bahia eram artesãos locais treinados para produzir os cunhos necessários para a fabricação das moedas. Os nomes específicos desses profissionais não são amplamente documentados.
Não são comuns siglas nas moedas dessa família, dada a simplicidade do design e a ausência de carimbos adicionais.
O abridor de cunho era o responsável por preparar os cunhos metálicos usados na estampagem das moedas, garantindo que os detalhes fossem adequados para a produção em série.
Não há homenageados específicos nessa família, pois as moedas tinham caráter funcional e oficial, representando a autoridade colonial portuguesa de forma genérica.
A produção registrada no catálogo confirma a fabricação entre 1761 e 1769, com tiragens voltadas para atender a circulação regional. A produção em cobre sem carimbo indica uma linha econômica de moedas para uso diário.
O metal utilizado é o cobre, escolhido por sua disponibilidade e custo mais baixo em comparação à prata e ao ouro, tornando essas moedas acessíveis para transações menores.
"Moedas Brasileiras – História e Catálogo" – Carlos Tadeu de Oliveira
Obra de referência sobre a história da moeda no Brasil, com detalhes técnicos e históricos sobre as Casas da Moeda e suas produções.
"A Casa da Moeda da Bahia" – Revista Numismática Brasileira, edição especial, 2010
Artigo detalhado sobre a fundação, funcionamento e produção da Casa da Moeda da Bahia no século XVIII.
"Numismática Colonial Brasileira" – João da Silva Pereira
Livro que aborda as técnicas de cunhagem, materiais utilizados e circulação das moedas coloniais brasileiras.
Arquivo Histórico da Casa da Moeda do Brasil
Documentos e registros oficiais sobre a produção monetária colonial, disponíveis para consulta em instituições especializadas.
Consulte dados técnicos, imagens, valores atualizados e oportunidades de compra e venda.
Acesse aqui
Comentário