Estas moedas de cobre foram produzidas em Lisboa e enviadas diretamente para a Capitania de Minas Gerais, no Brasil colonial. Representam uma iniciativa pontual da Coroa portuguesa para abastecer a região mineradora, que enfrentava escassez de numerário miúdo para transações diárias.
Fabricadas exclusivamente em 1722, as moedas circularam intensamente na Capitania de Minas Gerais, ampliando-se a sua utilização para áreas vizinhas. Permaneceram em uso até serem substituídas por emissões locais e novas remessas de moedas da metrópole.
Cunhadas em balancim, apresentavam melhor definição do que moedas marteladas, embora ainda com acabamento rudimentar. Produzidas em cobre de baixa liga, foram planejadas para atender ao fluxo comercial das regiões mineradoras.
Estas moedas eram conhecidas no período colonial como "moedinhas de Minas" ou "dinheiro de Lisboa". Por conta da dificuldade de transporte e da alta demanda local, tornaram-se objeto de contrabando e falsificações rudimentares feitas por fundição clandestina.
O envio das moedas ocorreu sob o reinado de D. João V, em pleno ciclo do ouro brasileiro. Representava um esforço da Coroa para regular o mercado monetário e controlar a economia na principal região mineradora do império.
As legendas referenciavam D. João V e apresentavam a data de 1722. Os bordos eram lisos ou levemente irregulares, fruto da produção semi-artesanal.
O reverso exibiu o tradicional escudo português encimado por coroa. São conhecidas pequenas variações no tamanho da coroa e nas letras da legenda, próprias do processo manual de gravação dos cunhos.
Não há registros específicos de gravadores para esta emissão. Os cunhos eram preparados na Casa da Moeda de Lisboa, sob supervisão régia.
Não houve homenagens diretas, tratando-se de moeda fiduciária para circulação corrente, embora fosse vista como símbolo da presença régia nas minas.
Cunhadas exclusivamente em cobre, as moedas foram fundamentais para movimentar a economia de Minas Gerais no auge do ciclo do ouro.
Postas em circulação a partir de 1722, permaneceram em uso por várias décadas, sendo gradualmente substituídas por moedas de emissões posteriores e por carimbadas locais.
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