A Casa da Moeda do Rio de Janeiro foi a principal responsável pela cunhagem das moedas de ouro nesse período. Fundada em 1694, consolidou-se como o centro monetário colonial mais importante, produzindo moedas para atender às demandas do Brasil colonial, especialmente devido à intensa atividade mineradora.
As moedas de ouro desta família foram produzidas entre 1707 e 1730, período marcado pelo apogeu do ciclo do ouro no Brasil. Circulavam amplamente no comércio interno e também eram enviadas à metrópole portuguesa, reforçando a economia colonial.
Foram utilizadas técnicas avançadas de cunhagem com alto padrão de qualidade, incluindo o uso de cunhos gravados manualmente por artesãos especializados, que garantiam detalhes precisos nos relevos e inscrições. O ouro utilizado era geralmente de alta pureza, proveniente das minas de Minas Gerais.
Durante este período, a moeda de ouro serviu não apenas para comércio, mas também para pagamento de impostos e tributos ao rei de Portugal. Diz-se que algumas dessas moedas teriam sido usadas para financiar expedições e obras coloniais importantes.
Esse intervalo corresponde ao período inicial do governo régio de D. João V, caracterizado pela prosperidade e centralização administrativa. A Casa da Moeda do Rio de Janeiro operava sob rígidos controles da coroa para garantir a autenticidade e o peso das moedas.
As moedas apresentam legendas em latim, com títulos e nomes do rei, além de bordos filetados ou serrilhados que serviam como medida antifalsificação, ajudando a preservar o padrão monetário.
Os reversos usualmente exibem o escudo real português, coroas e brasões alusivos ao Brasil colonial. Foram produzidas algumas variações de detalhes no desenho, refletindo mudanças de cunhagem e experimentos técnicos ao longo dos anos.
Os cunhos foram criados por gravadores da Casa da Moeda do Rio de Janeiro, alguns com assinaturas ou marcas discretas para autenticação. A técnica do abridor de cunho também foi empregada para corrigir detalhes ou erros nos moldes.
As moedas homenageiam o rei D. João V e a soberania portuguesa, simbolizando o poder régio e a autoridade sobre a colônia brasileira.
Produzidas em ouro de alta qualidade, essas moedas refletem a riqueza da mineração colonial e o esforço da coroa para manter um sistema monetário estável.
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