O 3º Sistema Monetário português no Brasil corresponde a uma etapa importante de reorganização da moeda circulante nas colônias, especialmente no período final do domínio português e início do Império. Nessa fase, as emissões passaram a contemplar novos metais, como bronze e níquel, além dos tradicionais ouro e prata.
As moedas de bronze e níquel foram introduzidas como alternativa econômica e técnica para as moedas de cobre e prata. Eram de menor valor facial, destinadas à circulação cotidiana e, no caso do níquel, a suprir a falta de prata sem comprometer a confiabilidade do numerário.
Item | Bronze | Níquel |
---|---|---|
Finalidade | Moedas divisionárias e de pequeno valor | Moedas divisionárias de valor médio |
Metal | Bronze (liga de cobre e estanho) | Níquel puro ou ligas com cobre e prata |
Valor facial | Baixo (geralmente 10, 20, 40 réis) | Médio (geralmente 100, 200, 400 réis) |
Procedência | Principalmente Casa da Moeda de Lisboa | Emissões oficiais para circulação colonial |
Período | Século XIX | Século XIX |
Bronze
Moedas pequenas e espessas
Resistentes à corrosão
Fácil cunhagem e baixo custo
Emissões destinadas à compra cotidiana
Níquel
Mais durável que o bronze e o cobre
Resistência superior ao desgaste
Substituição estratégica da prata em moedas de valor médio
Excelente para circulação prolongada
Bronze:
10 Réis
20 Réis
40 Réis
Níquel:
100 Réis
200 Réis
400 Réis
A introdução das moedas de bronze e níquel marcou a modernização da política monetária colonial e imperial, oferecendo soluções práticas para a escassez de prata e ouro. O níquel, por exemplo, passou a ser adotado por várias nações como metal de transição, graças à sua resistência e menor custo de produção.
O 3º Sistema Monetário, com a inclusão do bronze e do níquel, foi decisivo para garantir a circulação de moedas de pequeno e médio valor nas colônias e no Brasil Imperial. Essas moedas asseguraram transações comerciais diárias e preencheram lacunas econômicas em períodos de crise de metais nobres.
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