O 960 Réis, conhecido popularmente como Patacão, foi a moeda de prata que circulou no Brasil a partir do final do século XVIII. Seu nome informal deriva do termo espanhol “patacón” e refere-se ao alto valor facial — quase o equivalente a uma peça de oito reales — adaptado às necessidades econômicas da colônia.
Período de Circulação: 1799–1815 (aproximadamente)
Motivação da Emissão: Escassez de prata na Europa e necessidade de suprir numerário para pagamento de tropas e funcionários públicos no Brasil; aproveitamento de matrizes espanholas de piezas de ocho para cunhagem local.
Produção: Feita principalmente na Casa da Moeda do Rio de Janeiro, utilizando matrizes importadas da Espanha que foram ajustadas para mostrar o valor “960 Réis” ao invés de “8 Reales”.
Material: Prata (teor entre 90%–92,5%)
Peso Médio: 27,5 g
Diâmetro: 38–40 mm
Cunhagem: Manual e mecanizada, mantendo o desenho clássico do monarca espanhol (Carlos IV ou Fernando VII) com alteração no campo para exibir “960 RÉIS”
Anverso: Effígie do monarca espanhol com legenda em latim
Reverso: Brasão de armas de Castela e Leão adaptado, com valor “960 RÉIS” em legenda circular
Uso Militar e Administrativo: O Patacão foi amplamente usado para pagar tropas durante as Invasões Francesas e a transferência da corte para o Brasil (1808).
Variedades de Matrizes: Existem variantes identificáveis pelo estilo da legenda e pequenas diferenças no traço das armas, reconhecidas pelos especialistas.
Raridade em Alto Estado de Conservação: Peças em flor de cunho (sem desgaste) são extremamente valorizadas no mercado colecionista.
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