Em 1970, o Brasil deu início à circulação da chamada Segunda Família do Cruzeiro, popularmente conhecida como as “Amarelinhas” devido à coloração dourada das moedas de menor valor. Essa mudança fez parte de um processo de atualização estética e funcional do sistema monetário, em resposta à inflação crescente e à necessidade de modernização visual e técnica das moedas em circulação.
As novas moedas apresentavam desenhos mais simplificados, com predominância de elementos geométricos, linhas modernas e brasões da República em versões atualizadas. As inscrições passaram a adotar tipografia mais limpa e tamanhos proporcionais aos módulos.
A Segunda Família trouxe alterações importantes nos materiais utilizados:
Alumínio-bronze: introduzido nas moedas de menor valor (1, 2 e 5 Cruzeiros)
Aço inoxidável: para moedas de maior circulação e resistência
Cupro-níquel: reservado para valores intermediários e edições especiais
Os valores faciais foram reorganizados para acompanhar a inflação, com emissões frequentes de moedas de 1, 2, 5, 10, 20 e 50 Cruzeiros, e posteriormente 100 e 500 Cruzeiros. Algumas moedas apresentavam o brasão nacional, enquanto outras passaram a exibir personalidades históricas e símbolos culturais.
Algumas moedas dessa família tornaram-se marcos da numismática brasileira:
Moeda de 1 Cruzeiro de 1970, com o brasão da República
Moeda de 5 Cruzeiros de 1972, com o perfil de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes
Moeda de 20 Cruzeiros de 1979, destacando o marechal Deodoro da Fonseca
Moeda de 500 Cruzeiros de 1981, comemorativa ao centenário do nascimento de Getúlio Vargas
Essas moedas se destacaram tanto pelo volume de circulação quanto pelo valor simbólico e pelo apelo colecionável, sendo algumas ainda hoje bastante procuradas em leilões e coleções particulares.
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