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Casas de Fundição no Brasil

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AI - Cecília Consultora Literária

A Implantação das Casas de Fundição no Brasil
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2. A Implantação das Casas de Fundição no Brasil

2.1 O Ciclo do Ouro e a Necessidade de Controle

A descoberta de ouro em abundância em regiões como Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Bahia, entre os séculos XVII e XVIII, provocou uma verdadeira transformação na economia colonial brasileira. Conhecido como Ciclo do Ouro, esse período atraiu milhares de pessoas para as minas, fomentou o surgimento de vilas e cidades e impulsionou a atividade econômica em escala inédita na colônia portuguesa.

Diante do volume expressivo de ouro extraído, o governo português precisou estabelecer mecanismos de controle rígido para evitar o contrabando e garantir a arrecadação fiscal. Assim, nasceu a necessidade das Casas de Fundição, instituições oficiais destinadas a centralizar a fundição do ouro extraído e a cobrança dos tributos devidos à Coroa.


2.2 O Imposto do Quinto e a Fundição Obrigatória

A principal finalidade das Casas de Fundição era assegurar o recolhimento do famoso imposto do Quinto, que determinava que 20% de todo ouro extraído pertencessem ao rei de Portugal. Para viabilizar essa cobrança e impedir fraudes, o governo colonial tornou obrigatória a fundição de todo ouro produzido nas minas em oficinas oficiais.

Nessas Casas de Fundição, o ouro bruto era derretido, purificado e transformado em barras, que recebiam um selo oficial (cunho de fundição) e a marca do quinto recolhido. Somente após essa fundição e marcação é que o ouro podia circular legalmente na colônia, sendo utilizado para transações comerciais ou remetido à metrópole.


2.3 Resistência Popular e Tensões Políticas

A implantação das Casas de Fundição não ocorreu sem resistência. Muitos mineradores e comerciantes clandestinos praticavam o contrabando e se opunham ao controle centralizado imposto pela Coroa. Essa insatisfação resultou em tensões sociais e revoltas locais, sendo a mais emblemática a Revolta de Vila Rica (1720), liderada por Felipe dos Santos.

Os protestos tinham como alvo a obrigatoriedade da fundição, a alta carga tributária e os abusos das autoridades fiscais. Apesar de reprimida com violência, a revolta evidenciou o clima de insatisfação gerado pela política fiscal portuguesa e tornou-se símbolo da resistência contra o domínio colonial.

Mesmo diante da resistência popular, as Casas de Fundição se mantiveram como instrumentos essenciais para o controle econômico e político da Coroa sobre a produção aurífera do Brasil, desempenhando um papel estratégico na estrutura colonial.


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Modulos
Imagem Capitulos
Sumário
Introdução
A Implantação das Casas de Fundição no Brasil
Casas de Fundição do Brasil Colonial (Artigos Individuais)
Casa de Fundição de Vila Rica (Minas Gerais)
Casa de Fundição de Sabará (Minas Gerais)
Casa de Fundição de São João del-Rei (Minas Gerais)
Casa de Fundição de Mariana (Minas Gerais)
Casa de Fundição de Serro Frio (Minas Gerais)
Casa de Fundição de Cuiabá (Mato Grosso)
Casa de Fundição de Goiás (Vila Boa de Goiás)
Casa de Fundição de Salvador (Bahia)
Casa de Fundição do Rio de Janeiro (RJ)
O Declínio e o Fechamento das Casas de Fundição
Impacto Cultural e Econômico das Casas de Fundição
Herança e Memória das Casas de Fundição
O Sistema CCMBR e as Casas de Fundição
Resumo
Reflexão Final
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