Assim como ocorrido na Colônia Santa Tereza, outras instituições também fizeram uso de moeda para circulação interna e restrita, foi o caso da Santa Casa de Misericórdia Hospício dos Lázaros.

A série, composta por moedas que tinham valor igual ao padrão monetário da época, foi uma medida criada pensando em supostamente evitar o contágio de outras pessoas pela doença (hanseníase/lepra), imaginava-se que, caso os enfermos tivessem contato direto com o dinheiro na época, as moedas usadas sairiam da Colônia e contaminariam outras pessoas pelo país.

Devido às limitações, tanto na medicina quanto nas informações, o Governo Brasileiro, autorizado pelo Presidente em exercício Getúlio Vargas, instituiu a lei que obrigava as pessoas acometidas pela doença a ficarem isoladas em Colônias, longe de qualquer vínculo com a sociedade e/ou de áreas de cultivo. Nas Colônias os abusos eram frequentes e havia pouca ajuda externa, poucos enfermeiros/as aceitavam trabalhar nestes locais e a Igreja passou a administrar várias Colônias. As condições de vida eram muito ruins.

Estes eram comumente chamados de morféticos, lázaro ou leprosos. Por conta da imagem negativa a palavra "Lepra" esta em desuso.

As moedas do Leprosário apenas ganharam destaque e categoria de "colecionismo" após serem devidamente catalogadas por Krause, onde ganharam amplitude internacional e tiveram seus valores inflacionados. Várias réplicas foram feitas, o que fez os valores cair na época.

Hoje ainda existem instituições que abrigam pessoas enfermas ou que já foram curadas, mas devido a reclusão, elas não conseguiram retornar ao convívio da sociedade.