Manter um museu independente como o MIS Rio Preto exige estratégias criativas e multidimensionais de sustentabilidade, que vão além do financiamento próprio do fundador. A combinação de recursos financeiros, apoio institucional, voluntariado e parcerias culturais é essencial para garantir a continuidade do projeto e seu impacto social e educativo.
Financiamento próprio: Atualmente, Fernando Marques mantém o museu com recursos pessoais, cobrindo despesas de manutenção, conservação do acervo e pequenas reformas.
Doações e patrocínios: Incentivo à contribuição de empresas locais, instituições culturais e simpatizantes do projeto, especialmente via Lei Rouanet ou editais culturais estaduais e federais.
Venda de produtos e serviços: Comercialização de catálogos, livros, reproduções de cartazes históricos, workshops pagos e eventos especiais para gerar receita complementar.
Transformação do museu em fundação: Planejamento de estrutura jurídica para garantir perpetuidade institucional, permitindo captação de recursos públicos e privados de forma legal e organizada.
Gestão profissionalizada: A formalização permitirá contratar profissionais para áreas de museologia, educação, administração e conservação, garantindo continuidade operacional independente do fundador.
Instituições Educacionais: Colaboração com universidades, escolas técnicas e cursos de audiovisual para projetos de pesquisa, estágios e oficinas educativas.
Restauradores e especialistas: Parcerias com técnicos especializados para manutenção de equipamentos, conservação de filmes e digitalização de acervos históricos.
Famílias doadoras: Incentivo a novas doações de famílias e colecionadores, garantindo expansão e diversidade do acervo.
Rede cultural regional: Troca de experiências e exposições itinerantes com outros museus, cineclubes e instituições culturais da região e do estado de São Paulo.
Voluntariado contínuo: Ampliação do programa de voluntariado para engajar jovens, estudantes e entusiastas da cultura audiovisual.
Participação da comunidade: Programas de colaboração, como coleta de memórias orais, empréstimos de acervo para exposições e eventos educativos, fortalecendo o sentimento de pertencimento.
Educação e formação: Capacitação de jovens em museologia, audiovisual, curadoria e conservação, formando futuros profissionais e multiplicadores culturais.
A sustentabilidade do MIS Rio Preto será alcançada através de um modelo híbrido que combina recursos próprios, incentivos públicos, parcerias estratégicas e engajamento comunitário. A criação de uma fundação permitirá profissionalização, captação de recursos estruturados e ampliação do impacto educativo e cultural do museu.
O objetivo final é garantir que o MIS seja um espaço de memória viva, referência educativa e cultural, capaz de resistir às crises econômicas, sociais ou tecnológicas, mantendo-se como patrimônio independente da cidade e da região noroeste paulista.
Autor do blog:
Nilton Romani