A constituição do acervo inicial do MIS de São José do Rio Preto reflete a trajetória pessoal e profissional de Fernando Marques, que desde jovem se dedicava à coleta, preservação e estudo de materiais audiovisuais e fotográficos. O acervo é fruto de três décadas de colecionismo, heranças familiares e doações de cineastas, fotógrafos e produtores locais.
Equipamentos Audiovisuais Históricos
Câmeras fotográficas e filmadoras do século XX, incluindo Super 8, 16mm e 35mm.
Projetores, moviolas e coladeiras de filmes em pleno funcionamento.
Gravadores de rolo, microfones antigos, rádios de madeira e baquelite.
Gramofones, vitrolas e toca-discos, destacando peças raras como gramofones do final do século XIX.
Acervo Cinematográfico
Mais de 500 filmes em película com registros históricos locais e nacionais, incluindo documentários, produções de cineclubes e clássicos do cinema brasileiro.
Mais de 1.000 latas de filmes catalogadas, permitindo preservação e consulta.
Filmes doados por famílias de cineastas regionais, como a família Curti e o documentarista Aparecido Santana, que registrou a vida em mais de 50 cidades do interior paulista desde 1968.
Fotografia
Arquivo com mais de 4.000 fotografias originais, incluindo registros de eventos culturais, festas populares e cotidiano da cidade.
Aproximadamente 2.500 imagens digitalizadas para preservação e acesso público.
Acervo Fonográfico e Musical
Coleção de discos de vinil, fitas cassete e CDs abrangendo produções locais, regionais e nacionais.
Arquivos com mais de 7.000 gravações musicais, incluindo obras de artistas da música clássica, popular e experimental.
Documentos e Materiais Gráficos
Cartazes de filmes, flâmulas de eventos culturais (1940–1970) e materiais promocionais de cinemas e rádios locais.
Catálogos e periódicos relacionados ao audiovisual, fundamentais para contextualizar a memória cultural da cidade.
O acervo inicial foi estruturado seguindo critérios técnicos e históricos:
Catalogação detalhada de cada item com informações sobre data, origem, condição e uso;
Digitalização de fotos e documentos para acesso e preservação;
Conservação preventiva de equipamentos e mídias antigas, mantendo-os em funcionamento e exibição interativa;
Registro de doações e proveniência, garantindo a rastreabilidade histórica.
Mesmo em sua fase inicial, o acervo permitiu ao MIS:
Tornar-se um ponto de referência local para pesquisa e educação audiovisual;
Promover visitas guiadas e atividades culturais com estudantes e pesquisadores;
Iniciar a documentação da história cultural de São José do Rio Preto, fortalecendo a memória coletiva da cidade e da região noroeste paulista.
Nilton Romani