“Cuidar do passado é respeitar o futuro; preservar cada peça é manter viva a memória de uma comunidade.”
— Paulo César Rapassi
A conservação no Museu Rapassi segue três pilares fundamentais:
Preventiva – Ações para minimizar riscos e deterioração;
Corretiva – Intervenções pontuais para recuperação de peças danificadas;
Educativa – Orientação de visitantes e equipe sobre manuseio, exposição e cuidados.
O objetivo principal é garantir a integridade física e simbólica das peças, respeitando seu valor histórico, cultural e afetivo.
A preservação depende de condições ambientais controladas, ajustadas conforme o tipo de objeto:
Temperatura: mantida entre 20°C e 24°C para objetos sensíveis;
Umidade relativa: controlada entre 45% e 55% para evitar ressecamento ou mofo;
Iluminação: luz natural filtrada e iluminação artificial com intensidade ajustável, evitando danos a cores e materiais;
Ventilação: circulação de ar adequada, sem correntes diretas sobre peças frágeis;
Monitoramento contínuo: sensores e registros periódicos permitem ajustes imediatos.
Limpeza periódica e cuidadosa de superfícies;
Embalagem e armazenamento apropriado para peças móveis e delicadas;
Proteção contra insetos, fungos e outros agentes biológicos;
Uso de suportes, vitrines e expositores específicos para cada tipo de objeto;
Capacitação da equipe para manuseio seguro durante exposição, transporte ou digitalização.
Avaliação detalhada: diagnóstico técnico antes de qualquer intervenção;
Restauração mínima e reversível: respeitando a integridade histórica;
Registro de intervenções: documentação fotográfica e descritiva de cada restauração;
Materiais compatíveis: uso de substâncias químicas e técnicas que não comprometam a durabilidade do objeto;
Curadoria afetiva: cuidado especial para peças com valor simbólico ou histórico relevante.
Pinturas e gravuras: limpeza com pincéis macios, controle de luz e umidade;
Esculturas e cerâmicas: suporte adequado e monitoramento de fraturas;
Mobiliário: polimento natural, prevenção de cupins e ajustes estruturais;
Documentos e fotografias: armazenamento em pastas acid-free, digitalização de alta resolução;
Acervo audiovisual: preservação digital e armazenamento em mídias redundantes.
A conservação e restauração no Museu Rapassi não se limitam a manter peças intactas. Elas garantem a transmissão da memória, da história e da emoção contidas em cada objeto.
 Cada ação reflete a filosofia de Paulo César Rapassi, que vê no cuidado com o acervo uma extensão de seu compromisso com a cidade, a comunidade e o patrimônio cultural.
          
         
			                 Nilton Romani