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Fichas Técnicas e Procedimentos de Inventário







“Catalogar é dar voz aos objetos, permitindo que falem através do tempo.”
Paulo César Rapassi


3.1 Importância das Fichas Técnicas

As fichas técnicas são instrumentos essenciais para documentar, preservar e interpretar cada peça do acervo.
Cada registro contém informações detalhadas que permitem:

  • Identificação precisa do objeto;

  • Compreensão do contexto histórico, cultural e artístico;

  • Monitoramento do estado de conservação e necessidade de restauração;

  • Consulta rápida para pesquisa, exposições e projetos educativos;

  • Integração com sistemas digitais de inventário e acervo online (ex.: CCMBR).


3.2 Estrutura Padrão da Ficha Técnica

Cada ficha técnica do Museu Rapassi inclui os seguintes campos:

  1. Número de Registro: código único para identificação da peça;

  2. Categoria: Artes Plásticas, Arte Sacra, Mobiliário, Objetos do Cotidiano ou Acervo Audiovisual;

  3. Título/Descrição: nome da peça ou descrição detalhada;

  4. Autor/Proveniência: informações sobre criador, doador ou origem histórica;

  5. Data/Ano: período aproximado de criação ou uso;

  6. Material/Técnica: composição da peça e técnicas utilizadas;

  7. Dimensões: medidas precisas em centímetros;

  8. Estado de Conservação: observações sobre integridade, danos ou intervenções;

  9. Localização no Museu: sala, vitrine ou área de reserva técnica;

  10. Histórico e Significado: contexto cultural, histórico e afetivo;

  11. Observações Complementares: curiosidades, informações adicionais ou referências bibliográficas;

  12. Fotografia: imagem de alta resolução para registro visual.


3.3 Procedimentos de Inventário

O inventário segue protocolos rigorosos, combinando métodos tradicionais e digitais:

  • Registro inicial: cada peça recebe número de identificação único;

  • Documentação detalhada: preenchimento completo da ficha técnica;

  • Fotografia e digitalização: registro visual da peça e eventuais marcas ou inscrições;

  • Classificação e localização: inserção em categorias e definição do espaço físico no museu;

  • Atualização contínua: monitoramento periódico do estado de conservação e revisão de informações;

  • Integração digital: importação de dados para o sistema CCMBR, permitindo consultas remotas e cruzamento de informações;

  • Controle de acesso: registros protegidos, com acesso restrito a curadores e pesquisadores autorizados.


3.4 Curadoria Afetiva na Documentação

Além dos aspectos técnicos, Paulo César Rapassi introduziu uma dimensão afetiva na ficha técnica:

  • Cada peça é acompanhada de comentário sobre sua relevância histórica ou emocional;

  • Destaca-se a conexão entre objeto, família, comunidade e história da cidade;

  • A ficha técnica torna-se assim instrumento de preservação da memória viva, e não apenas do objeto físico.


3.5 Observações Finais do Capítulo

As fichas técnicas e procedimentos de inventário garantem que cada peça do Museu Rapassi seja reconhecida, estudada e preservada de maneira sistemática e afetiva.
Elas constituem a espinha dorsal do museu, permitindo que o acervo seja acessível, seguro e significativo tanto para visitantes quanto para pesquisadores.



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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