Ano Início | Ano Fim | Nome Completo | Cargo | Principais Realizações / Observações | Fonte |
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1822 | 1824 | Manuel Alves Branco | Diretor-Geral | Primeiro diretor da Casa da Moeda após a Independência; implementou reformas administrativas e reorganizou a cunhagem nacional | Arquivo Nacional – Fundo Casa da Moeda |
1824 | 1831 | José da Silva Lisboa Filho | Diretor | Supervisão da produção de moedas de ouro, prata e cobre; padronização de pesos e medidas | Casa da Moeda do Brasil – Relatórios Históricos |
1831 | 1844 | Francisco José de Azevedo | Diretor | Implementou melhorias técnicas na cunhagem e nos processos administrativos; reforço na segurança do transporte de metais | Arquivo Nacional; Publicações do Ministério da Fazenda |
1844 | 1846 | Caetano Maria Lopes Gama (Visconde de Maranguape) | Diretor | Primeiro a usar oficialmente o título “Diretor”; iniciou estrutura administrativa moderna e relatórios sistemáticos | Relatórios do Ministério da Fazenda (Império) |
1846 | 1854 | Antônio Ferreira Vianna | Diretor | Consolidou processos de cunhagem e fiscalização; período de estabilidade monetária | Relatórios do Ministério da Fazenda |
1854 | 1857 | Francisco de Paula e Albuquerque | Diretor | Supervisão de mudanças legais e administrativas; aumento de eficiência na produção | Arquivo Nacional |
1857 | 1865 | Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos | Diretor | Gestão durante a Guerra do Paraguai; adaptação da produção às necessidades militares | Relatórios do Ministério da Fazenda |
1866 | 1889 | José Júlio de Albuquerque | Diretor | Longo mandato; presidiu transição do trabalho escravo para trabalho livre; modernização parcial das instalações | Relatórios do Ministério da Fazenda |
1889 | 1889 | João Frederico de Sousa | Diretor | Primeiro dirigente da era republicana; implementou transição dos símbolos imperiais para republicanos nas moedas | Casa da Moeda do Brasil; Decretos do Governo Provisório |
1890 | 1891 | Antônio Galvão do Lago e Almeida | Diretor | Curto mandato; consolidou novas estruturas administrativas da República | Decretos Presidenciais |
Nota: Alguns cargos e datas ainda apresentam lacunas devido à dispersão de registros da época; lista baseada em fontes oficiais e secundárias confiáveis.
Transição Pós-Independência (1822–1831)
Após a independência do Brasil, a Casa da Moeda precisou reorganizar suas funções para atender à nova identidade nacional. Manuel Alves Branco, primeiro diretor do período, implementou reformas administrativas e ajustou a cunhagem de moedas com símbolos patrióticos, consolidando a soberania monetária do Império.
Estabilização Administrativa e Crescimento Técnico (1831–1854)
Durante esse período, a CMB focou na padronização de pesos, medidas e processos de cunhagem. Diretores como Francisco José de Azevedo e Caetano Maria Lopes Gama modernizaram a administração interna, estabeleceram relatórios regulares e aumentaram a eficiência operacional, garantindo confiança na moeda circulante.
Inovação e Contexto Militar (1854–1865)
A Guerra do Paraguai trouxe demandas específicas à CMB, incluindo produção adaptada de moedas e medalhas para financiamento e logística militar. Diretores como Antônio Ferreira Vianna e Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos supervisionaram melhorias técnicas, reforçando segurança e produtividade.
Fim do Império e Preparação para a República (1866–1889)
José Júlio de Albuquerque consolidou a modernização e supervisionou a transição do trabalho escravo para livre, preparando a instituição para os desafios do fim do Império. No período final (1889–1891), os diretores tiveram que adaptar rapidamente os símbolos e sistemas para a República nascente, mantendo a estabilidade monetária durante mudanças políticas significativas.