A produção de medalhas na Casa da Moeda do Brasil combina arte, precisão técnica e inovação em materiais, refletindo séculos de tradição e modernização. Cada etapa do processo é pensada para criar peças duradouras, esteticamente ricas e carregadas de significado simbólico.
Baixo relevo (bas-relief): técnica clássica em que a imagem se projeta suavemente da superfície, utilizada em medalhas comemorativas e condecorações.
Alto relevo: cria imagens mais destacadas e tridimensionais, demandando maior habilidade do gravador e precisão na fundição.
Fundição: a cera perdida ou moldagem direta em metal é utilizada para peças únicas ou tiragens limitadas.
Repouso: técnica manual em que o metal é modelado e gravado, preservando detalhes minuciosos e qualidade artística.
Introdução de pantógrafos no século XIX permitiu reduzir modelos grandes para matrizes menores, mantendo proporções e detalhes.
Essa técnica aumentou a uniformidade e a precisão, facilitando a produção de séries de medalhas.
Ouro, prata e bronze são usados para medalhas de alto valor simbólico e artístico.
Ligas metálicas específicas garantem durabilidade, resistência à corrosão e melhor acabamento estético.
Zinco, latão e níquel permitem produção em larga escala com boa definição de relevo.
Aplicações de banhos metálicos e tratamentos superficiais aumentam a durabilidade e conferem diferentes tonalidades e efeitos visuais.
Polimento: confere brilho e realça detalhes.
Patinação: cria efeitos de envelhecimento ou contraste, valorizando relevos e detalhes artísticos.
Aplicação de esmalte ou cores: usada em medalhas comemorativas e colecionáveis, adicionando impacto visual e distinção simbólica.
A medalhística exige equilíbrio entre estética e precisão técnica.
Gravadores, fundidores e designers trabalham em conjunto, garantindo que cada peça seja resistente, visualmente impactante e fiel ao projeto artístico.
O domínio das técnicas e materiais confere às medalhas brasileiras valor artístico, histórico e de colecionismo.
Cada medalha é um documento em metal, combinando tradição, inovação e identidade nacional.
Nilton Romani