O Museu de Valores do Banco Central do Brasil ocupa aproximadamente 1.300 m² no primeiro subsolo do edifício-sede em Brasília. O espaço é dividido em cinco salas expositivas permanentes e uma área destinada a exposições temporárias, permitindo a organização temática e cronológica do acervo. Cada sala é climatizada e equipada com sistemas de segurança, iluminação controlada e vitrines com filtros de radiação ultravioleta, garantindo a conservação preventiva dos itens.
Sala Brasil: Abrange a história da moeda nacional, desde o período colonial até a contemporaneidade, destacando moedas coloniais, do Império e da República.
Sala Emissões do Banco Central: Apresenta as cédulas emitidas pelo Banco Central, incluindo séries comemorativas e provas de impressão.
Sala Mundo: Coleção de moedas e cédulas estrangeiras, ilustrando sistemas monetários internacionais e evolução da notafilia global.
Sala Curiosidades Monetárias: Destinada a itens raros, moedas especiais, falsificações históricas apreendidas e objetos ligados à fabricação do dinheiro.
Sala Ouro: Exibe barras de ouro, pepitas e instrumentos de medição de metais preciosos, incluindo a maior pepita registrada no Brasil.
Composta por moedas nacionais e estrangeiras, desde o período colonial português até os dias atuais.
Inclui moedas de ouro, prata, cobre, ensaios monetários e séries comemorativas.
Destacam-se moedas de 4.000 réis de 1695 e moedas de ouro de D. Pedro II, de 1854.
Exposição de cédulas históricas, desde bilhetes emitidos por bancos privados do século XIX até o Real.
Abrange cédulas regionais, exemplares comemorativos e provas de impressão, como a “nota do Darcy Ribeiro” de 1.000 cruzeiros.
Inclui medalhas comemorativas e oficiais, muitas delas relacionadas a eventos nacionais, personalidades históricas e homenagens institucionais.
Os materiais predominantes são ouro, prata e bronze, com relevância histórica e artística.
Instrumentos de fabricação monetária: prensas de cunhagem, clichês, moldes e máquinas de impressão de cédulas.
Cofres antigos, balanças de precisão e outros equipamentos de segurança e transporte de valores, incluindo carro-forte original.
Materiais de suporte: barras de ouro, pepitas, títulos públicos, tintas e fibras de segurança.
O acervo conta com mais de 135 mil peças, cada uma registrada com número de tombo único e descritores técnicos: denominação, data, metal, peso, diâmetro e estado de conservação.
A classificação é tipológica (moedas, cédulas, medalhas, objetos) e cronológica, permitindo análises históricas e comparativas.
Controle rigoroso de temperatura (20°C ±2°C) e umidade relativa (50% ±5%).
Iluminação de baixo lux, filtragem de radiação UV e manipulação apenas com luvas de algodão ou nitrila.
Procedimentos de higienização realizados por conservadores especializados, utilizando métodos mecânicos e químicos testados para não danificar os itens.
Monitoramento eletrônico 24 horas, câmeras de alta definição e sensores de movimento.
Cofres blindados e climatizados para armazenamento de peças de alto valor intrínseco.
Controle de acesso restrito a profissionais autorizados.
Fontes:
Banco Central do Brasil. Museu de Valores – Acervo e Estrutura. Brasília, 2022.
Wikipedia. Museu de Valores do Banco Central do Brasil. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_de_Valores_do_Banco_Central
Carneiro, H. História do Dinheiro no Brasil. São Paulo: SENAC, 2008.
ABAC Blog. Tour Virtual do Museu de Valores, 2022.
Nilton Romani