A medalha no Museu Eugênio Teixeira Leal vai além de um simples objeto colecionável; ela é instrumento de memória histórica, expressão artística e ferramenta educativa. Representa eventos, personalidades e marcos culturais, funcionando como um documento tridimensional da história.
Registro de eventos e pessoas: medalhas comemorativas de datas históricas, como a independência do Brasil, celebram figuras femininas e heroicas, destacando Maria Quitéria e outras participantes da Guerra da Independência.
Design e iconografia: cada medalha carrega elementos simbólicos, insígnias e cores que remetem ao contexto social e cultural da época, permitindo análises iconográficas detalhadas.
Material e técnicas: confeccionadas em bronze, prata, ouro ou outros materiais, as medalhas revelam técnicas de fundição, gravação e esmaltação que refletem o desenvolvimento artístico e tecnológico de cada período.
Entre as peças de destaque:
Medalhas “Heroínas da Liberdade”: celebram mulheres que participaram da independência do Brasil, com inscrições detalhadas e relevos sofisticados;
Placas da Imperial Ordem da Rosa: refletem a tradição de condecorações do período imperial, combinando valor histórico e estética;
Medalhas comemorativas do Museu Eugênio Teixeira Leal: registram a trajetória do museu e de seu patrono, Eugênio Teixeira Leal;
Medalhas de eventos culturais da Bahia: destacam manifestações locais, ritos e ritmos populares, integrando a medalha ao contexto social.
O acervo evidencia a importância da representação feminina:
Medalhas homenageiam mulheres que atuaram em momentos históricos, reforçando seu papel na independência e na sociedade;
A iconografia simboliza coragem, liderança e participação cívica;
Serve como recurso educativo, mostrando às novas gerações que a história não é apenas masculina, mas plural e inclusiva.
A medalha é também ferramenta pedagógica:
Integrada a programas educativos como “AEIOUtubro”, “Arte no Eugênio” e “Museu Escola”, permite interações práticas com o público;
Facilita a compreensão de conceitos de história, arte, numismática e cultura material;
Contribui para oficinas, exposições temporárias e atividades socioculturais, tornando a história tangível e memorável.
Pesquisadores podem estudar medalhas sob diferentes perspectivas:
Histórica: cronologia dos eventos, contexto de criação e função social;
Artística: design, técnicas de produção, simbologia e estilo;
Epigráfica e iconográfica: inscrições, legendas e representações visuais;
Educativa: como a medalha transmite conhecimento e memória às novas gerações.
A medalha no METL é, portanto, uma ponte entre passado e presente, integrando arte, história, educação e memória coletiva. Cada peça narra uma história e mantém viva a tradição cultural, sendo uma das expressões mais eloquentes do acervo do museu.
Autor do blog:
Nilton Romani