A catalogação e classificação das cédulas, apólices e bônus é essencial para o estudo numismático. Organizar essas peças permite compreender sua circulação, valor histórico e monetário, bem como identificar raridades e emissões inéditas. Este capítulo detalha métodos de catalogação utilizados no Brasil e internacionalmente, oferecendo critérios claros para colecionadores e pesquisadores.
As cédulas e documentos monetários podem ser catalogados considerando diversos critérios:
Emissor
Banco oficial, banco particular, banco regional ou estado.
Permite identificar a origem e a legitimidade da emissão.
Período de emissão
Ano ou intervalo de anos de circulação.
Ajuda a contextualizar historicamente a peça.
Valor facial
Quantia expressa na cédula, bônus ou apólice.
Facilita comparações e estudo do poder de compra histórico.
Série e número de série
Algumas cédulas possuem códigos únicos ou letras iniciais (ex.: “R” para réis, “C” para cruzeiros, “B” para bancos particulares, “A” para apólices e bônus).
Evita confusões e permite rastrear edições específicas.
Condições físicas
Estado de conservação: novo, excelente, bom, regular, ruim.
Inclui presença de rasgos, manchas, carimbos ou registros de circulação.
As peças monetárias brasileiras podem ser agrupadas em três grandes categorias:
Cédulas oficiais
Emitidas pelo Tesouro Nacional ou Banco do Brasil.
Possuem lastro garantido e circulação ampla.
Bancos particulares e regionais
Emitiam cédulas para circulação local, frequentemente lastreadas em depósitos ou joias.
Incluem bancos comerciais, agrícolas e filiais regionais.
Apólices, bônus e recibos
Emissões especiais, muitas vezes ligadas a dívidas públicas ou privadas.
Incluem recibos da Casa de Fundição, cédulas do Banco do Café e apólices estaduais.
Para evitar duplicidade e facilitar referência:
Cédulas de réis: começam com a letra R
Cédulas de cruzeiros: começam com a letra C
Bancos particulares: letra B
Apólices, bônus e recibos: letra A
Exemplo:
R38: Cédula de réis, número 38
C38: Cédula de cruzeiro, número 38
B38: Banco particular, número 38
A38: Apólice ou bônus, número 38
Esse sistema permite catalogar todas as peças de forma lógica, evitando confusões entre séries, valores e emissores.
A catalogação:
Preserva a história monetária;
Facilita pesquisa acadêmica e estudo comparativo;
Aumenta a confiabilidade para colecionadores e leilões;
Identifica raridades e peças inéditas, aumentando o valor histórico e numismático.
          
         
			                 Nilton Romani