Augusto Girardet, de origem francesa, trabalhou intensamente no Brasil durante a transição do Império para a República. Autor da medalha do Marechal Deodoro da Fonseca (1889RA02B), símbolo da Proclamação da República, Girardet combinava técnica acadêmica refinada com uma sensibilidade estética que transmitia solenidade e significado histórico. Seu trabalho influenciou os primeiros medalhistas republicanos, ajudando a consolidar a medalhística como forma de registro cívico e artístico.
Leopoldo Alves Campos destacou-se por suas medalhas comemorativas, como a “Centenário de Deodoro” (1927A05P). Atuando em medalhas cívicas, educacionais e institucionais, manteve o rigor técnico e a clareza formal do estilo clássico, mas incorporou elementos modernos que refletiam a identidade da República nascente. Seu trabalho preservou a tradição acadêmica enquanto introduzia inovação estética, tornando suas medalhas referência para colecionadores e instituições.
Mais conhecido como fotógrafo oficial da cidade do Rio de Janeiro, Augusto Malta também se dedicou à medalhística, especialmente em eventos cívicos e comemorativos do início do século XX. Suas medalhas apresentam um cuidado visual próximo ao da fotografia, com retratos precisos e composição equilibrada, reforçando o vínculo entre registro histórico e expressão artística. Malta contribuiu para a consolidação da medalha como documento e objeto de arte, refletindo a modernidade e o progresso técnico da época.
Autor do blog:
Nilton Romani