Manchukuo foi um estado fantoche criado pelo Japão em 1932 na região da Manchúria, no nordeste da China, após a invasão japonesa em 1931 (Incidente de Mukden).
Oficialmente proclamado em 1932, Manchukuo foi governado nominalmente pelo último imperador da dinastia Qing, Puyi, que exercia papel simbólico, enquanto o controle real estava nas mãos dos militares japoneses e seus oficiais civis.
O governo japonês implementou uma economia fortemente dirigida pelo Estado, com planos quinquenais inspirados no modelo soviético, visando a rápida industrialização e desenvolvimento da região.
Manchukuo tornou-se uma potência industrial regional, com produção de aço que chegou a superar a do Japão no final da década de 1930.
O sistema econômico era caracterizado por exploração intensa da população chinesa local, considerada como força de trabalho quase descartável.
Em 1945, com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, Manchukuo foi dissolvido e reintegrado à China.
: 1932–1945
: Xinjing (atual Changchun)
: Imperador Puyi
: Oficiais militares japoneses
: Economia planificada e dirigida pelo Estado, com forte intervenção militar e industrialização acelerada
Campo | Detalhe |
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Yuan (iuane) de Manchukuo | |
Não aplicável | |
Baseado em prata pura de 23,91 gramas | |
Substituiu o tael de Haikwan chinês, moeda local anterior | |
Junho de 1932 a agosto de 1945 | |
Produção local sob supervisão japonesa | |
Banco Central de Manchukuo | |
Diversas denominações, incluindo moedas e cédulas, com inscrições em chinês e japonês | |
Não possui símbolo Unicode oficial |
Manchukuo foi usada como laboratório para a criação de uma economia orientada para o "Estado de defesa nacional", com forte mobilização da sociedade para a guerra.
O sistema industrial excluía os grandes conglomerados japoneses (zaibatsu) inicialmente, com fábricas pertencentes ao Exército Imperial Japonês. Posteriormente, houve maior participação do capital privado japonês.
A região possuía grande riqueza em recursos naturais, que foram explorados para abastecer o esforço de guerra do Japão.
O sistema ferroviário, especialmente a Ferrovia do Sul da Manchúria (Mantetsu), foi fundamental para o transporte de matérias-primas e produtos industriais, tendo sido ampliado e modernizado durante o período.
A população chinesa local sofreu exploração intensa, com realocação forçada e trabalho em condições duras.
A experiência econômica de Manchukuo influenciou o desenvolvimento do Japão pós-guerra, especialmente no que se refere à economia dirigida pelo Estado.
Rede ferroviária eficiente, incluindo a Ferrovia do Sul da Manchúria (Mantetsu), que tinha status quase monopolista e era protegida pelo Exército Kwantung.
A Ferrovia Oriental Chinesa, anteriormente sob controle soviético, foi vendida para Manchukuo em 1935, consolidando o controle japonês sobre as ferrovias da região.
A infraestrutura ferroviária foi essencial para a integração econômica e militar da Manchúria sob controle japonês.
Manchukuo é lembrado como um exemplo de estado fantoche e de exploração colonial durante o período pré-Segunda Guerra Mundial.
A experiência econômica e administrativa serviu como modelo para o Japão em sua política de industrialização e mobilização estatal.
Após a derrota japonesa, a região foi reintegrada à China, encerrando o experimento político e econômico de Manchukuo.
Este relatório apresenta um panorama do estado fantoche de Manchukuo, sua economia dirigida, moeda oficial, infraestrutura e o contexto histórico de sua existência entre 1932 e 1945.