A República do Biafra foi um estado secessionista no sudeste da Nigéria, habitado majoritariamente pelo povo ibo, que existiu de 30 de maio de 1967 a 15 de janeiro de 1970.
A secessão foi motivada por tensões econômicas, étnicas, culturais e religiosas entre os diversos povos da Nigéria, agravadas por conflitos internos e disputas sobre o controle dos recursos naturais, especialmente o petróleo na região.
O líder militar e político Chukwuemeka Odumegwu Ojukwu declarou a independência do Biafra, desencadeando a Guerra Civil Nigeriana, também conhecida como Guerra do Biafra.
O conflito foi uma das maiores tragédias humanitárias da África recente, com cerca de 1 a 3 milhões de mortos, principalmente devido à fome e ao bloqueio imposto pelo governo federal nigeriano.
Biafra recebeu reconhecimento oficial de alguns países, como Gabão, Haiti, Costa do Marfim, Tanzânia e Zâmbia, enquanto outros, como Israel, França, Portugal e Rodésia, forneceram apoio não oficial.
A guerra terminou com a derrota do Biafra em 1970 e a reintegração da região à Nigéria, mas o conflito deixou marcas profundas na memória e na política nigeriana.
: 30 de maio de 1967 – 15 de janeiro de 1970
: Enugu (inicialmente), depois Owerri e Port Harcourt em diferentes fases do conflito
: Ibo (língua majoritária), inglês (administrativo)
: Chukwuemeka Odumegwu Ojukwu (governador militar e chefe do estado secessionista)
Biafra emitiu sua própria moeda durante o período de independência, conhecida como Libra de Biafra.
A libra biafrense foi usada para financiar o esforço de guerra e a administração do estado.
A economia era fortemente impactada pelo bloqueio econômico e militar imposto pela Nigéria, causando escassez de alimentos e bens essenciais.
A produção petrolífera era um dos principais ativos econômicos da região, mas o conflito prejudicou severamente sua exploração e exportação.
Reconhecida oficialmente por alguns países africanos e do Caribe, como Gabão, Haiti, Costa do Marfim, Tanzânia e Zâmbia.
Recebeu apoio não oficial e ajuda humanitária de países como França, Portugal, Rodésia e África do Sul, além de organizações não governamentais internacionais.
O Vaticano também foi um dos apoiadores, enquanto a União Soviética e o Egito apoiaram o governo federal da Nigéria.
A vitória do governo federal nigeriano consolidou a integridade territorial da Nigéria, mas o conflito evidenciou as fragilidades políticas e étnicas do país.
A Guerra de Biafra é lembrada como uma das maiores crises humanitárias do século XX, com fome em massa e sofrimento civil.
O conflito influenciou políticas internas da Nigéria, incluindo reformas para fortalecer o Estado e promover a reconciliação nacional.
A memória da guerra ainda é sensível e influencia debates sobre federalismo, autonomia regional e direitos das minorias na Nigéria.
A República do Biafra foi proclamada em 30 de maio de 1967 e durou até 15 de janeiro de 197024.
A guerra resultou em cerca de 1 a 3 milhões de mortes, principalmente por fome e bloqueios econômicos17.
O conflito teve amplo impacto político e social na Nigéria e na África em geral58.
Este relatório apresenta o histórico da República do Biafra, sua breve existência, o contexto da Guerra Civil Nigeriana, o sistema monetário biafrense e seu legado humanitário e político.