Ao longo da história da numismática brasileira, especialmente no estudo das cédulas de Réis, surgiram relatos e boatos sobre a existência de cédulas que nunca foram oficialmente emitidas ou confirmadas por instituições responsáveis. Essas cédulas são popularmente chamadas de “cédulas fantasmas”.
São supostas cédulas que teriam sido impressas em pequena escala, por motivos políticos, emergenciais ou experimentais, mas que desapareceram antes de entrarem em circulação oficial. Também podem ser notas produzidas por terceiros — falsificadores ou impressoras paralelas — que não constam em registros oficiais.
Falta de documentação oficial: Muitos desses exemplares não aparecem em arquivos governamentais ou relatórios de produção da casa da moeda, dificultando sua confirmação.
Relatos baseados em peças únicas: Muitas vezes, a existência dessas notas é sustentada apenas por um ou poucos exemplares privados, sem comprovação por especialistas.
Confusão com sobras de impressão ou variantes: Algumas cédulas que circularam regionalmente podem ter sido confundidas com essas “fantasmas”, criando uma mitologia em torno delas.
Algumas cédulas atribuídas à 19ª estampa ou posteriores são consideradas “fantasmas” por colecionadores, pois nunca foram incluídas em catálogos oficiais.
Relatos de notas com imagens ou símbolos diferentes dos padrões oficiais também reforçam a aura de mistério sobre essas peças.
Apesar da incerteza, as cédulas “fantasmas” despertam grande interesse por representarem um desafio para a pesquisa numismática e um campo fértil para descobertas futuras. Elas incentivam a busca por provas concretas, análises técnicas e revisões históricas, ajudando a aprofundar o conhecimento sobre a circulação monetária no Brasil.
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