A Era Vargas representou um período de profundas transformações políticas, econômicas e sociais no Brasil. Com o controle mais rígido do Estado sobre a economia, a emissão e circulação de papel-moeda passaram a ser altamente regulamentadas. No entanto, o avanço tecnológico ainda não era suficiente para eliminar completamente as falsificações, que continuaram a representar um desafio para o sistema financeiro.
Impressão offset:
A introdução da impressão offset trouxe maior qualidade às cédulas oficiais, mas também possibilitou que falsificadores adaptassem essa técnica para suas falsificações, tornando-as mais sofisticadas.
Falsificações artesanais:
Apesar dos avanços, muitos falsificadores ainda recorriam a métodos artesanais, como desenhos manuais e reprodução por fotocópia, o que tornava suas cédulas mais facilmente detectáveis.
Duplicação e alterações:
Alterações manuais nas cédulas verdadeiras continuaram sendo uma prática comum, especialmente para modificar valores faciais e datas.
Falsificações em Cruzeiros:
Com a substituição do réis pelo cruzeiro em 1942, surgiram falsificações tentando se aproveitar do processo de transição, especialmente nas primeiras séries emitidas.
Apreensões significativas:
Documentos policiais e jornais da época relatam apreensões de grandes quantidades de cédulas falsas em cidades industriais e fronteiriças, refletindo o esforço estatal para conter a prática.
Incorporação de marcas de segurança:
Introdução de marcas d’água mais complexas, fios metálicos e desenhos microtipográficos nas cédulas oficiais para dificultar a falsificação.
Campanhas educativas:
O governo promoveu ações para alertar a população sobre como identificar cédulas falsas, incentivando a denúncia e a colaboração com as autoridades.
Reformas na impressão:
A adoção progressiva de processos gráficos mais sofisticados para a produção das cédulas, elevando o padrão de segurança.
Para colecionadores e especialistas que analisam falsificações da Era Vargas, recomenda-se observar:
Qualidade do papel e textura: diferenças perceptíveis em relação às cédulas oficiais.
Detalhes gráficos: inconsistências em desenhos finos, falhas em microtextos e alinhamento dos elementos visuais.
Presença e qualidade de marcas d’água e fios de segurança: ausência ou irregularidade pode indicar falsificação.