A República Velha foi um período marcado por intensas transformações políticas e econômicas no Brasil. Durante esse tempo, as cédulas de réis continuaram a ser emitidas, embora já começassem a surgir desafios relacionados à modernização do sistema financeiro. A circulação monetária expandiu-se, e a crescente demanda por papel-moeda oficial estimulou, paralelamente, o aumento das falsificações, que exploravam as vulnerabilidades tecnológicas e regulatórias do sistema.
Impressão tipográfica e litográfica:
Com a evolução dos processos gráficos, os falsificadores passaram a utilizar técnicas mais sofisticadas, como a litografia, para tentar imitar com maior precisão as cédulas oficiais. No entanto, o domínio limitado dessas técnicas e o uso de materiais inferiores facilitavam a detecção.
Falsificações regionais:
Em algumas regiões, especialmente nas fronteiras e áreas menos fiscalizadas, circularam cédulas falsas produzidas localmente, muitas vezes com pequenas variantes que denunciavam sua origem não oficial.
Duplicação e alteração de valores:
Técnicas de reaproveitamento de cédulas verdadeiras com alterações manuais ou impressas em determinados elementos eram comuns, especialmente para aumentar o valor facial da nota.
Notas falsas de 500 mil e 1 milhão de réis:
Devido ao aumento da inflação e necessidade de valores maiores em circulação, as notas de alto valor foram alvos preferenciais dos falsificadores. Relatos históricos indicam apreensões significativas dessas notas adulteradas.
Falsificações no interior do país:
Estados com fiscalização menos rigorosa sofreram mais com a circulação de cédulas falsas, dificultando o controle econômico local.
A circulação das falsificações nesse período impactou negativamente a confiança da população no sistema monetário. Em resposta, o governo adotou medidas como:
Aprimoramento das técnicas de impressão: introdução de marcas d’água mais complexas, fios de segurança e desenhos intricados.
Maior rigor na fiscalização: campanhas educativas e aumento das penalidades para falsificadores.
Reformas monetárias: para substituir as cédulas antigas por novas séries com sistemas de segurança aprimorados.
Para a análise de falsificações da República Velha, colecionadores e especialistas recomendam atenção especial a:
Papel e marcas d’água: diferenças de textura e ausência ou defeitos nas marcas d’água oficiais.
Qualidade da impressão: presença de borrões, falhas na tipografia e cores incorretas.
Comparação entre séries: pequenas variações gráficas entre a cédula oficial e as falsificadas.