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C. da M. de Lisboa - 2º tipo - Cobre Com Carimbo (1802-1805)







INTRODUÇÃO:
A família "C. da M. de Lisboa - 2º tipo - Cobre Com Carimbo" compreende moedas de cobre cunhadas entre 1802 e 1805 na Casa da Moeda de Lisboa, destinadas principalmente à circulação no Brasil colonial. Essas moedas são marcadas pela aplicação do carimbo de escudete, um pequeno escudo com as armas portuguesas sem coroa, que ajustava o valor nominal da moeda em 50%, uniformizando o padrão monetário vigente e facilitando a circulação. Essa prática foi adotada para resolver a duplicidade de padrões monetários e facilitar a circulação monetária nas colônias.

PERÍODO DE PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO:
Produzidas entre 1802 e 1805, essas moedas circularam amplamente no Brasil colonial, principalmente em transações de baixo valor. O carimbo de escudete foi aplicado para corrigir discrepâncias entre peso e valor facial das moedas de cobre, evitando a necessidade de recunhagem completa e unificando o valor monetário, conforme o Alvará de 18 de abril de 1809. A circulação dessas moedas continuou até meados do século XIX, sendo gradualmente substituídas por moedas de bronze.

CASA DA MOEDA RESPONSÁVEL:
A Casa da Moeda de Lisboa foi responsável pela fabricação dessas moedas, sendo a principal casa da moeda do Reino de Portugal, que produzia moedas para a metrópole e suas colônias, incluindo o Brasil.

TÉCNICAS UTILIZADAS:
As moedas foram cunhadas manualmente em cobre, utilizando flans preparados e cunhos gravados por artesãos especializados. Após a cunhagem, aplicava-se o carimbo de escudete sobre as moedas já cunhadas para alterar seu valor nominal sem necessidade de recunhagem, procedimento que economizava tempo e recursos e facilitava a padronização monetária.

CURIOSIDADES:
O carimbo de escudete surgiu para resolver a duplicidade de padrões monetários, principalmente entre moedas coloniais e regionais. O valor de 80 réis, tradicionalmente cunhado em prata, passou a ser adotado em cobre com o uso do carimbo, especialmente nas casas da moeda do Rio de Janeiro e Bahia. A aplicação do carimbo foi suspensa após o surgimento de várias falsificações. O cobre teve grande importância na circulação monetária do Brasil colonial, especialmente para pequenas transações.

LENDAS:
Não há lendas específicas associadas a essa família, mas a prática do carimbo gerou histórias sobre falsificações e circulação clandestina, refletindo os desafios econômicos da época.

FASES POLÍTICAS:
Essas moedas foram produzidas durante o período em que D. João era Príncipe Regente, refletindo a tentativa da Coroa Portuguesa de unificar e controlar o sistema monetário colonial, pouco antes da transferência da corte para o Brasil em 1808.

LEGENDA UTILIZADA NAS MOEDAS:
As moedas apresentam legendas em latim com os nomes e títulos dos monarcas portugueses, acompanhadas do valor facial original, complementadas pelo carimbo de escudete que ajustava o valor nominal.

TIPOS DE BORDO:
Os bordos são lisos, padrão para moedas de cobre da época.

REVERSO (MEDALHA OU MOEDA):
O reverso traz o valor facial em algarismos romanos, geralmente acompanhado do carimbo de escudete aplicado para validar o valor da moeda.

VARIAÇÕES CONHECIDAS:
Existem variações na forma, posição e tamanho do carimbo de escudete, além de diferenças naturais em peso e diâmetro decorrentes da cunhagem manual e desgaste. Também foram identificados erros de cunhagem como rebatidas e cunho chupado, muitas vezes confundidos com recunhos.

GRAVADORES RESPONSÁVEIS:
Os gravadores da Casa da Moeda de Lisboa eram artesãos especializados, embora seus nomes não sejam amplamente documentados.

SIGLAS UTILIZADAS:
O carimbo de escudete é a principal marca identificadora, sem letras monetárias adicionais.

ABRIDORES DE CUNHO:
O abridor de cunho preparava os cunhos metálicos para a estampagem e aplicação dos carimbos.

HOMENAGEADOS:
As moedas homenageiam os monarcas portugueses da época, com seus nomes e títulos presentes nas legendas.

METAIS UTILIZADOS:
O metal utilizado é o cobre.

PRODUÇÃO TOTAL:
Não há dados precisos sobre o volume total produzido, mas registros indicam que mais de 20 milhões de moedas foram carimbadas ou recunhadas em 1809, conforme ordens oficiais para padronização e controle monetário.

REFERÊNCIAS:

 

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Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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