A Casa da Moeda do Rio de Janeiro foi uma das principais unidades de cunhagem no Brasil colonial, fundada para suprir a necessidade crescente de moeda circulante devido ao crescimento econômico da região. Esta família de moedas em prata representa uma fase importante da produção local, caracterizada pela alta qualidade técnica e relevância histórica.
A produção desta família ocorreu entre os anos de 1699 e 1700. As moedas tiveram circulação principalmente no estado do Rio de Janeiro e regiões próximas, sendo usadas em comércio, pagamento de tributos e como meio oficial de troca na economia colonial.
A cunhagem era manual, feita com martelo e cunhos gravados em aço, utilizando técnicas que garantiam relevo detalhado e resistência do material. As moedas desta família apresentam bordos diferenciados, às vezes com legendas ou bordas fileteadas, mostrando a evolução técnica da casa da moeda local.
Um aspecto curioso desta produção é a sua curta duração, o que faz as moedas desse tipo serem mais raras e valorizadas entre colecionadores. Algumas peças mostram variações nas marcas, possivelmente por ajuste rápido dos gravadores durante o processo de fabricação.
No final do século XVII, o Rio de Janeiro estava se consolidando como centro estratégico da colônia, aumentando sua importância política e econômica. A produção de moedas pela Casa do Rio de Janeiro simboliza a autonomia administrativa que a região começava a adquirir dentro do império português.
As moedas apresentam legendas típicas em latim, com o nome do rei e a indicação do valor. O bordo pode variar entre liso e fileteado, algumas vezes apresentando pequenos carimbos ou siglas que indicam o lote ou o gravador responsável.
O reverso costuma exibir o escudo real português ou a cruz da Ordem de Cristo, símbolos da autoridade régia e da fé católica, ambos elementos comuns em moedas coloniais portuguesas. As variações de relevo e bordos refletem a experimentação técnica durante esse período.
A documentação da época menciona a presença de gravadores especializados que cuidavam da produção dos cunhos, embora poucos nomes tenham sido preservados. A existência de siglas discretas sugere a identificação dos responsáveis pela qualidade e autenticidade das moedas.
Estas moedas reforçam a imagem do monarca português, sem referência direta a outras personalidades, destacando o vínculo colonial com a Coroa.
Produzidas em prata de boa pureza, as moedas eram fabricadas para garantir um padrão estável de valor e circulação. O volume produzido foi adequado à demanda econômica regional.
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