ACESSE SUA CONTA   |   facebook

Cadastre-se   //   Vantagens   //   Esqueci minha senha

A Iconografia nas Moedas







Símbolos e Brasões nos Florins

Os Florins, por serem moedas de alto valor e circulação internacional, recebiam atenção especial em sua iconografia. A escolha de imagens, brasões e inscrições reforçava a legitimidade política e a reputação financeira da cidade emissora.

O Florim de Florença, cunhado a partir de 1252, trazia no anverso a imagem de São João Batista, padroeiro da cidade, e no reverso a icônica flor-de-lis, símbolo do governo florentino. Essa combinação reforçava a ligação entre poder espiritual e autoridade cívica.

Outras cidades que adotaram o modelo do Florim utilizaram:

  • Brasões familiares de casas nobres ou governantes.

  • Emblemas de guildas e corporações de ofício.

  • Símbolos heráldicos que afirmavam autonomia ou alianças políticas.

Cada detalhe iconográfico em um Florim medieval comunicava pertencimento, prestígio e estabilidade monetária.


Elementos Religiosos e Políticos nos Soldos

Por serem moedas de circulação popular, os Soldos apresentavam imagens mais acessíveis e de apelo direto. Suas representações frequentemente combinavam:

  • Símbolos religiosos, como cruzes, santos, anagramas sagrados e bênçãos.

  • Elementos políticos, incluindo escudos de armas, castelos, torres ou coroas, remetendo à autoridade do emissor.

Em muitas regiões, era comum o uso de inscrições com o nome do governante ou da cidade responsável pela cunhagem, reforçando o caráter oficial da moeda.

A iconografia nos Soldos também atendia a uma função didática: em sociedades de baixa alfabetização, imagens claras ajudavam na identificação e aceitação pública da moeda.


Como Interpretar Imagens e Inscrições

O estudo da iconografia numismática exige atenção a três aspectos principais:

  1. Simbologia religiosa
    Identificar figuras de santos, cruzes, orações abreviadas e signos de proteção espiritual presentes tanto em Florins quanto Soldos.

  2. Marcas políticas e territoriais
    Reconhecer brasões, torres, armas e coroas que indicam a cidade, reino ou autoridade emissora.

  3. Inscrições e legendas
    Decifrar abreviações em latim ou dialetos medievais, que costumam conter o nome do soberano, datação aproximada ou local de emissão.

Por exemplo:

  • No Florim de Florença, lê-se S. IOHANNES B., referência a Sanctus Johannes Baptista.

  • Em Soldos franceses, a legenda +PHILIPPVS REX indicava emissão sob o rei Filipe.

A interpretação correta dessas imagens e textos permite ao numismata:

  • Datá-las com precisão.

  • Compreender o contexto político e religioso.

  • Avaliar sua importância histórica e valor de mercado.



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

Voltar
Compartilhar
Facebook Twitter YouTube Feed de notícias
Coleções de Cédulas e Moedas Brasileiras © 2014. Todos os direitos reservados.