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A Economia Medieval e as Duas Moedas







Como Florins e Soldos Coexistiam

Na economia medieval europeia, as moedas não tinham um padrão unificado. Florins e Soldos coexistiam como parte de um sistema monetário de múltiplas denominações, cada qual com sua função:

  • O Florim de ouro, de alto valor e pureza, era usado em transações internacionais, pagamentos entre nobres, acordos comerciais de grande porte e reservas de valor.

  • O Soldo, geralmente de prata ou liga, circulava nas atividades cotidianas da população comum, como compra de alimentos, pagamentos de impostos e salários.

Esse convívio entre moedas de diferentes valores e metais preciosos organizava o fluxo econômico em diversos níveis sociais, permitindo desde operações de pequena escala até negócios internacionais.


Economia Baseada em Ouro e Prata

A base monetária medieval se apoiava em dois metais principais:

  • Ouro, representado pelo Florim, símbolo de riqueza, estabilidade e confiança.

  • Prata, predominante nas moedas menores como o Soldo, usada no comércio local e na rotina econômica.

A cotação entre ouro e prata variava segundo oferta, demanda e decisões políticas. Muitas cidades-estado e reinos ajustavam suas moedas de prata e ouro para manter o equilíbrio monetário, tentando evitar escassez de metal e inflação.

Esse sistema bimetálico permitia:

  • Facilitar negócios de diferentes escalas.

  • Estimular o comércio interno e externo.

  • Manter reservas financeiras seguras em metais preciosos.


Padrões de Peso, Pureza e Valor

Para garantir a confiabilidade monetária, as moedas medievais obedeciam a padrões de:

  • Peso: o Florim de Florença, por exemplo, pesava 3,5 g de ouro puro, enquanto o Soldo variava entre 1,5 e 2,5 g de prata.

  • Pureza: o teor de ouro e prata nas moedas era controlado por autoridades monetárias, embora desgastes e adulterações fossem frequentes.

  • Valor: a equivalência entre moedas seguia tabelas e convenções locais. Por exemplo:

    • 1 Florim = 20 Soldos

    • 12 Soldos = 1 Denário

    • 240 Denários = 1 Libra monetária

As casas de moeda (mints) frequentemente ajustavam pesos e teor metálico para acompanhar mudanças na economia e disponibilidade de metais.


Desafios e Vantagens desse Sistema

Desafios:

  • Oscilação no valor do ouro e da prata em função de guerras, descobertas de minas e bloqueios comerciais.

  • Adulteração monetária, prática comum de reduzir o peso ou pureza das moedas.

  • Desgaste físico pelo uso cotidiano, prejudicando o valor das peças circulantes.

  • Falta de padronização plena entre reinos e cidades, exigindo constantes conversões.

Vantagens:

  • Flexibilidade para atender diferentes níveis de transações.

  • Estímulo ao comércio internacional com moedas de alta credibilidade (caso do Florim).

  • Inclusão econômica da população comum com moedas acessíveis (Soldos).

  • Preservação de valor através de reservas em metais preciosos.

Esse modelo econômico garantiu o funcionamento das cidades medievais, viabilizou as grandes rotas comerciais e deixou como herança uma rica variedade de moedas e sistemas financeiros que inspirariam as economias modernas.



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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