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Um Passeio Virtual pelo Museu de Valores do Banco Central com Karla Sá Valente







Em uma apresentação especial promovida pela Sociedade Numismática Brasileira, Osvaldo Rodrigue, diretor social de divulgação, entrevistou Karla Sá Valente, chefe do Museu de Valores do Banco Central em Brasília. O evento, parte do curso de Fundamentos da Numismática do Instituto Federal de Picuí, da Universidade Federal da Paraíba, marcou o lançamento do tour virtual do Museu de Valores e da Galeria de Arte do Banco Central, uma iniciativa que abre as portas desses espaços ao público em tempos de pandemia.

Karla destacou que o tour virtual, lançado em 2021, é uma entrega da agenda BC# na dimensão educação, refletindo o compromisso do Banco Central com ações educativas. Com o museu fechado desde março de 2020 devido à pandemia, o tour permite que colecionadores, pesquisadores e entusiastas explorem o acervo numismático e artístico de forma detalhada, celebrando os quase 50 anos do Museu de Valores. O projeto, desenvolvido pelo Departamento de Promoção da Cidadania Financeira, envolveu captação de imagens em novembro de 2020, seguindo protocolos de segurança, e foi concluído em cerca de seis meses, com testes rigorosos para garantir qualidade.

O tour virtual, acessível na página do Banco Central e divulgado nas redes sociais, oferece uma experiência imersiva. A página inicial permite escolher entre o Museu de Valores e a Galeria de Arte. No museu, a navegação começa pela entrada, com uma visão 360 graus do jardim e do prédio. Pictogramas interativos fornecem locuções, como mensagens de boas-vindas, e acesso a painéis e bandejas dos expositores. As bandejas exibem moedas e cédulas com textos descritivos, enquanto peças destacadas, como a “calcininha”, o cartão de 1809 e a peça da coroação, podem ser visualizadas em 360 graus, permitindo rotação e zoom para detalhes minuciosos.

O museu está organizado em várias salas temáticas. A sala de Emissões apresenta todas as emissões desde a criação do Banco Central, enquanto a sala Mundo exibe moedas e cédulas internacionais. Salas temporárias abordam os Jogos Olímpicos Rio 2016, os 25 anos do Real e educação financeira, com foco em economia comportamental. A sala Ouro, um dos destaques, mostra desde pepitas até barras e medalhas, com a funcionalidade única de “entrar” no expositor para ver peças como a condecoração Ordem da Rosa e um sinete de marfim e prata em 360 graus. Painéis do artista Millôr Fernandes, como “Moeda de Pedra” e “Advento do Metal”, complementam a narrativa monetária.

A Galeria de Arte, localizada no oitavo andar, oferece uma vista panorâmica da Asa Sul de Brasília e exibe a exposição “A Persistência da Memória”. A coleção, adquirida majoritariamente por liquidações de bancos nas décadas de 1960 e 1970, é dividida em seis módulos que contextualizam a arte no Brasil e no mundo. A galeria reproduz uma reserva técnica com gaveteiros verticais e uma apoteca para armazenar obras. Destaques incluem a obra “Composição” de Alfredo Volpi, na sala Bandeira do Brasil, e peças de Candido Portinari, na sala Portinari. O salão nobre, com um painel de Portinari sobre o Descobrimento do Brasil, é acessível virtualmente.

O acervo do Museu de Valores é impressionante, com quase 135 mil peças, incluindo moedas, cédulas, documentos de valor, sinetes, medalhas, condecorações e desenhos, como os de Aloísio Magalhães para o Cruzeiro. A reserva técnica, com controle de temperatura e umidade, é usada para exposições e estudos. Pesquisadores podem acessar o acervo mediante agendamento, enviando uma lista de peças de interesse, que são separadas para consulta com acompanhamento de um servidor. A biblioteca do Banco Central, com publicações da Sociedade Numismática Brasileira, também está disponível para consulta.

Karla enfatizou o papel transformador do museu na sociedade, indo além da exibição de peças. O tour virtual não apenas preserva o acesso ao acervo durante a pandemia, mas também aproxima o público jovem por meio de tecnologias modernas. Projetos futuros incluem um museu virtual completo, com base de dados, jogos e conteúdos sobre numismática e educação financeira, visando desmistificar a ideia de que museus são “coisa de velho”. Para publicações, imagens do acervo podem ser usadas sem fins comerciais, citando a fonte, conforme orientações na página do Banco Central.



Fonte:

Autor do blog: Nilton Romani

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