Ao longo da história, as moedas de leprosário despertaram não apenas interesse histórico e sanitário, mas também curiosidade e fascínio no meio numismático. Por sua raridade, contexto social peculiar e limitação de circulação, esses exemplares são hoje itens altamente cobiçados por colecionadores e instituições.
Grande parte das moedas utilizadas nos leprosários foi destruída ou perdida após a extinção desses estabelecimentos e a abolição das práticas de isolamento compulsório. Em muitos casos, os próprios governos ordenaram a destruição dos lotes remanescentes, por temor de contágio ou pela crença de que mantê-las seria perpetuar o estigma da lepra.
Isso fez com que os poucos exemplares sobreviventes se tornassem extremamente raros. Algumas moedas desapareceram por completo, restando apenas registros documentais, enquanto outras ressurgem ocasionalmente em leilões ou em coleções particulares.
Exemplos de moedas raras:
Moedas de 20 bolívares do Lazareto Nacional de Maracaibo (Venezuela)
Moedas da Colônia Santa Teresa (Brasil) em estados de conservação elevados
Fichas do Hospício dos Lázaros (Pará), hoje praticamente desaparecidas
Atualmente, alguns museus de história da medicina, instituições numismáticas e colecionadores especializados preservam exemplares dessas moedas como parte de seus acervos.
Destacam-se:
Museu Histórico Nacional (Brasil)
Museu Numismático do Banco Central do Brasil
Museu de Maracaibo (Venezuela)
Coleções particulares no Brasil, Venezuela e Filipinas
Essas peças, além de valor histórico, são importantes testemunhos materiais da exclusão social sofrida pelos portadores de hanseníase e das estratégias sanitárias adotadas na época.
No mercado numismático, moedas de leprosário figuram entre os itens mais valorizados dentro da categoria de moedas históricas sanitárias e hospitalares. Seu valor depende de fatores como:
Estado de conservação
Instituição de origem
Material e data
Quantidade de exemplares sobreviventes
Em leilões especializados, algumas peças podem alcançar valores significativos, especialmente aquelas com documentação de procedência ou inseridas em contextos históricos relevantes.
Tendências atuais:
Crescente valorização de moedas latino-americanas de leprosário
Interesse por peças brasileiras, antes pouco documentadas
Ampliação do estudo acadêmico sobre a história sanitária e monetária dessas instituições