Biografia
Francisco Oswaldo Neves Dornelles (Belo Horizonte, 7 de janeiro de 1935) é um economista e político brasileiro. É atualmente o vice-governador do Rio de Janeiro.
Francisco é[2], pelo lado paterno, primo em segundo grau do presidente Getúlio Vargas e sobrinho do militar, governador do Rio Grande do Sul e ministro da agricultura Ernesto Dornelles e, pelo lado materno, sobrinho do primeiro-ministro e presidente Tancredo Neves e primo em segundo grau do senador e governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB). Ainda pelo lado materno[3], é descendente do capitão-mor e ouvidor da Capitania de São Vicente Amador Bueno e dos bandeirantes Francisco Bueno e Bartolomeu Bueno, o Moço.
Biografia
Formação acadêmica e ingresso na vida pública
Formado em Direito pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, e em Tributação pela Universidade Harvard, Francisco especializou-se em finanças públicas e tributação com cursos no exterior.
Iniciou a sua carreira como político trabalhando com o seu tio paterno Tancredo Neves na Secretaria de Finanças de Minas Gerais em 1959. Durante o período de Tancredo como primeiro-ministro do país, foi seu secretário particular.
Projeção nacional
Foi secretário da Receita Federal em 1979 e em 1985 ministro da Fazenda escolhido pelo presidente eleito indiretamente Tancredo Neves e mantido por José Sarney, que acabaria por assumir a Presidência.
Como parlamentar e na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro
Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1986, tendo sido reeleito por mais quatro vezes seguidas. Disputou a prefeitura do Rio de Janeiro em 1992, tendo obtido o 7º lugar.
Ao longo dos anos 1990
Foi também o ministro da Indústria e Comércio e o ministro do Trabalho, no governo Fernando Henrique Cardoso. Em 2006, foi eleito senador pelo Rio de Janeiro, tendo como primeiro suplente Péricles Olivier de Paula.
Vida partidária
Iniciou a vida política junto ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), por influência de seu tio Tancredo Neves, do qual era secretário particular[4]. Após a saída de Tancredo do cargo de primeiro-ministro, se afasta da vida partidária e se dedica à carreira acadêmica. A partir de 1972, assume diversos cargos no governo federal da ditadura militar (ARENA). Em 1984, com a articulação da candidatura de Tancredo à presidência da república, se aproxima do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1986, se elege deputado federal pelo Partido da Frente Liberal (PFL), onde permanece até 1993, quando retorna ao partido sucedâneo da ARENA - o Partido Democrático Social (PDS) - e suas denominações seguintes (PPR/PPB/PP), sendo entre 2007 e 2013 presidente nacionalmente do partido, já então deniminado Partido Progressista, sigla da qual é o atual presidente de honra. Transmitiu a presidência do partido ao também senador Ciro Nogueira[5].
Governador interino do Estado do Rio de Janeiro
Em março de 2016, em decorrência de problemas de saúde do governador Luiz Fernando de Souza, assumiu interinamente o governo do Rio por sete meses. Afirmou que a crise financeira nas contas publicas estaduais é grave e que, neste momento, não há dinheiro para pagar os servidores bem como que nunca viu uma crise financeira como a atual[6].
Reações aos caos econômico
Em 17 de junho de 2016, a crise que atinge todo o País – e, em especial, o Rio de Janeiro – levou Francisco como governador a decretar estado de calamidade pública, a 49 dias do início das Olimpíadas. Foi a primeira vez na história que o estado tomou medida semelhante na área financeira.[7]